quinta-feira, 31 de maio de 2007

MÁCULA NO PARLAMENTO... TRANSPARÊNCIA DEIXOU DE TER SENTIDO NO LEGISLATIVO GAÚCHO!

Fonte do Texto: Rosane de Oliveira - 31/05/2007
Tropeços na largada
São pouco convincentes as explicações do presidente da Assembléia, Frederico Antunes, para a instalação da CPI dos Pedágios a portas fechadas, sem a presença da imprensa. De um parlamento que se gaba de primar pela transparência era de se esperar que a instalação da CPI e a eleição dos seus dirigentes se dessem em sessão aberta. Ficou a impressão de manobra para isolar o público que, a bem da verdade, tinha sido levado à Casa do Povo pelos oposicionistas. A oposição passou um atestado de ingenuidade ao embarcar na fantasia de que indicaria o presidente e o relator. O governo fingiu desinteresse no cargo mais importante da CPI, alegando que não estava preocupado porque a investigação vai se limitar a contratos firmados em governos anteriores. Não era bem assim. Como não conseguiu evitar a CPI, a base governista se organizou - legitimamente - para, no mínimo, dividir o controle. O Piratini chegou a pensar em Nelson Marchezan Júnior para o cargo de relator, mas desistiu diante da constatação de que, além de inexperiente, o tucano tem vínculo direto com o governo. Berfran Rosado (PPS), o relator escolhido, leva vantagem sobre Marchezan por ser um deputado calejado nos embates com a oposição e por conhecer o processo de concessões como poucos, já que era um dos expoentes do governo de Antônio Britto.
Primeiro embate
Deputados ligados ao governo impuseram a primeira derrota aos oposicionistas já na instalação da CPI dos Pedágios. Em sessão a portas fechadas, comandada pelo presidente da Assembléia, Frederico Antunes, o deputado Berfran Rosado (PPS) foi escolhido relator, cargo para o qual a oposição queria Marisa Formolo (PT). Em vão, o presidente da CPI, Gilmar Sossella (PDT), protestou e tentou suspender a sessão para ganhar tempo. A idéia era encontrar alguém com mais chance do que Marisa de vencer a disputa pela relatoria. Apoiado em um parecer da Procuradoria da Assembléia, Antunes alegou que o regimento prevê a escolha dos coordenadores da CPI no momento da instalação e que é o presidente da Casa quem comanda o processo.
Mesmo que o governo não admita, a CPI dos Pedágios atrapalha o programa Duplica RS, que deveria ser lançado neste final de maio.
Aliás
Os deputados que receberam doações de campanha de concessionárias de rodovias deveriam se declarar impedidos de participar da CPI dos Pedágios.

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