quarta-feira, 16 de maio de 2007

AÇÃO DE SÓCIOS



Fonte do Texto: Zero Hora - Rosane de Oliveira - 16/05/2007 - Ilustrações: FNURP
Como esvaziar uma CPI
Com paciência de artesão, a base do governo na Assembléia trabalhou em duas frentes para esvaziar a CPI dos Pedágios. E tem tudo para ser bem-sucedida. Enquanto a burocracia se encarregava de retardar a instalação da CPI por questões formais, criou-se o clima para a aprovação de uma Comissão de Representação Externa, proposta pelo deputado Rossano Gonçalves, que embora eleito pelo PDT está sintonizado com o Palácio Piratini. Aprovada por 29 votos contra 13, a comissão sugerida por Rossano pretende ouvir ex-governadores e ex-secretários dos Transportes sobre as concessões de rodovias, para provar que são infundadas as suspeitas de irregularidades levantadas pelos defensores da CPI. Ao contrário da CPI, uma comissão de representação externa não tem poder para convocar depoimentos - apenas faz convites. O prazo de funcionamento também é mais curto: 30 dias. A outra frente de esvaziamento da comissão de inquérito é a indicação de seus membros: os partidos aliados da governadora Yeda Crusius trataram de excluir os deputados mais resistentes aos pedágios. Álvaro Boessio (PMDB), por exemplo, que esperava ser vice-presidente, foi vetado pelo partido e está inconformado. Os dois representantes do PMDB na CPI devem ser Alceu Moreira e Edson Brum, que não assinaram o requerimento.

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