Fonte do Texto: Stefan Ligocki - 24/05/2007 - Jornal Pioneiro
Isenção contestada
Dois deputados da base aliada ao governo estadual que integram a CPI dos Pedágios receberam doações de campanha de empresas que detêm concessões de rodovias do Estado. É o que apontou um levantamento feito pelo repórter Daniel Scola, da Rádio Gaúcha, divulgado na manhã de ontem. De acordo com a prestação de contas de 2006 feita à Justiça Eleitoral, Berfran Rosado (PPS) recebeu R$ 5 mil da STE Engenharia, responsável por 6% das ações da Brita Rodovias. Marco Peixoto (PP) arrecadou cerca de R$ 20 mil junto à Construtora Sultepa, que está entre os acionistas da Metrovias e da Sulvias, empresas ligadas à Univias. Peixoto alegou que as doações foram ao seu partido. Berfran disse que a doação não pode ser vista de maneira errada. A revelação causou desconforto entre os situacionistas e já há quem defenda a saída dos dois deputados da CPI. O entendimento é de que quem teve campanhas financiadas por concessionárias poderia não ter a isenção necessária para estar na CPI.
Encontro a portas fechadas
A foto mostra o deputado Rossano Gonçalves (PDT), presidente da Comissão Externa das Rodovias Gaúchas na Assembléia, cumprimentando o ex-governador Antônio Britto (sem partido), logo após uma audiência realizada a portas fechadas no gabinete do parlamentar, no início da noite de terça-feira. O encontro gerou polêmica não só por ter sido no interior de um gabinete, mas pelo fato de poucos deputados terem sido informados da reunião. Ao final da audiência, Britto foi questionado sobre o modelo de concessões de rodovias implantado por seu governo e sinalizou que é favorável à prorrogação dos contratos dos pedágios: - A coisa mais reacionária seria dizer, 10 anos depois, que nada mudou. Temos de modernizar as coisas, de preferência para melhor.
Rossano quer negociação
Conforme Rossano Gonçalves relatou ao Mirante, o encontro com Antônio Britto foi esclarecedor. Segundo Rossano, Britto disse que não tomou conhecimento de qualquer irregularidade nos contratos dos pedágios. Rossano garantiu à coluna que a comissão que preside não é chapa-branca. - Quero passar os resultados do nosso trabalho à CPI dos Pedágios. Nosso objetivo é buscar soluções para melhorar as rodovias e até baixar os preços dos pedágios - alega. Sobre a reunião fechada com Britto, disse que a meta era evitar a "pirotecnia" que poderia haver se o encontro fosse aberto.
Peças no tabuleiro
Foram definidos ontem os 12 deputados que irão integrar o grupo de titulares da CPI dos Pedágios: Dionilso Marcon e Marisa Formolo pelo PT, Francisco Appio e Marco Peixoto pelo PP, Alceu Moreira e Edson Brum pelo PMDB, Gilmar Sossella e Paulo Azeredo pelo PDT, Paulo Borges pelo DEM, Nelson Marchezan Júnior pelo PSDB, Berfran Rosado pelo PPS e Iradir Pietroski pelo PTB. Com essas indicações, a oposição deve garantir a relatoria para Marisa Formolo. Gilmar Sossella, autor do pedido de instalação da CPI, deve ser eleito presidente da comissão.
***
Em tempo: é bom a oposição não comemorar ainda. Nos bastidores da Assembléia, comenta-se que os deputados da situação vão se ausentar das sessões a fim de inviabilizar as votações. Para a aprovação de qualquer proposta, é preciso maioria absoluta, ou seja, os 12 titulares terão de estar presentes nas votações.
Verba cortada
Isenção contestada
Dois deputados da base aliada ao governo estadual que integram a CPI dos Pedágios receberam doações de campanha de empresas que detêm concessões de rodovias do Estado. É o que apontou um levantamento feito pelo repórter Daniel Scola, da Rádio Gaúcha, divulgado na manhã de ontem. De acordo com a prestação de contas de 2006 feita à Justiça Eleitoral, Berfran Rosado (PPS) recebeu R$ 5 mil da STE Engenharia, responsável por 6% das ações da Brita Rodovias. Marco Peixoto (PP) arrecadou cerca de R$ 20 mil junto à Construtora Sultepa, que está entre os acionistas da Metrovias e da Sulvias, empresas ligadas à Univias. Peixoto alegou que as doações foram ao seu partido. Berfran disse que a doação não pode ser vista de maneira errada. A revelação causou desconforto entre os situacionistas e já há quem defenda a saída dos dois deputados da CPI. O entendimento é de que quem teve campanhas financiadas por concessionárias poderia não ter a isenção necessária para estar na CPI.
Encontro a portas fechadas
A foto mostra o deputado Rossano Gonçalves (PDT), presidente da Comissão Externa das Rodovias Gaúchas na Assembléia, cumprimentando o ex-governador Antônio Britto (sem partido), logo após uma audiência realizada a portas fechadas no gabinete do parlamentar, no início da noite de terça-feira. O encontro gerou polêmica não só por ter sido no interior de um gabinete, mas pelo fato de poucos deputados terem sido informados da reunião. Ao final da audiência, Britto foi questionado sobre o modelo de concessões de rodovias implantado por seu governo e sinalizou que é favorável à prorrogação dos contratos dos pedágios: - A coisa mais reacionária seria dizer, 10 anos depois, que nada mudou. Temos de modernizar as coisas, de preferência para melhor.
Rossano quer negociação
Conforme Rossano Gonçalves relatou ao Mirante, o encontro com Antônio Britto foi esclarecedor. Segundo Rossano, Britto disse que não tomou conhecimento de qualquer irregularidade nos contratos dos pedágios. Rossano garantiu à coluna que a comissão que preside não é chapa-branca. - Quero passar os resultados do nosso trabalho à CPI dos Pedágios. Nosso objetivo é buscar soluções para melhorar as rodovias e até baixar os preços dos pedágios - alega. Sobre a reunião fechada com Britto, disse que a meta era evitar a "pirotecnia" que poderia haver se o encontro fosse aberto.
Peças no tabuleiro
Foram definidos ontem os 12 deputados que irão integrar o grupo de titulares da CPI dos Pedágios: Dionilso Marcon e Marisa Formolo pelo PT, Francisco Appio e Marco Peixoto pelo PP, Alceu Moreira e Edson Brum pelo PMDB, Gilmar Sossella e Paulo Azeredo pelo PDT, Paulo Borges pelo DEM, Nelson Marchezan Júnior pelo PSDB, Berfran Rosado pelo PPS e Iradir Pietroski pelo PTB. Com essas indicações, a oposição deve garantir a relatoria para Marisa Formolo. Gilmar Sossella, autor do pedido de instalação da CPI, deve ser eleito presidente da comissão.
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Em tempo: é bom a oposição não comemorar ainda. Nos bastidores da Assembléia, comenta-se que os deputados da situação vão se ausentar das sessões a fim de inviabilizar as votações. Para a aprovação de qualquer proposta, é preciso maioria absoluta, ou seja, os 12 titulares terão de estar presentes nas votações.
Verba cortada
Em um ato considerado arbitrário pela oposição, a Mesa Diretora da Assembléia anunciou ontem que, a partir de agora, qualquer audiência pública promovida pela Comissão de Serviços Públicos sobre pedágios não terá seus custos pagos pela Casa. A Mesa alega que as sete reuniões feitas até aqui geraram muitos custos à Assembléia. A determinação já vale para a audiência marcada para hoje no Legislativo de Santa Cruz do Sul, a partir das 19h.
A propósito - Isenção
Qual será a isenção de uma CPI na qual dois dos deputados que participam da apuração receberam recursos financeiros de empresas envolvidas em supostas irregularidades?
A propósito - Isenção
Qual será a isenção de uma CPI na qual dois dos deputados que participam da apuração receberam recursos financeiros de empresas envolvidas em supostas irregularidades?
Concorrência Interna - (Zero Hora)
Concorrendo com a CPI dos Pedágios - que já pediu assessoria do Tribunal de Contas do Estado nas investigações - a comissão externa encabeçada pelo deputado Rossano Gonçalves (PDT) também procurou o TCE ontem para tratar do mesmo tema. Gonçalves solicitou ao presidente do Tribunal, Sandro Pires, "tudo o que for possível" sobre os pedágios.
Olívio prefere debate na CPI - (Zero Hora)
Convidado a falar sobre os pedágios na comissão externa da Assembléia, o ex-governador Olívio Dutra disse estar "aberto ao diálogo", mas ressaltou sua preferência pela discussão do tema na CPI.
Convidado a falar sobre os pedágios na comissão externa da Assembléia, o ex-governador Olívio Dutra disse estar "aberto ao diálogo", mas ressaltou sua preferência pela discussão do tema na CPI.
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