Opinião do Pioneiro 07.05.07 - Foto Jeferosn Bernardes - Agência de Fotos RS
Novidades nos pedágios
A governadora Yeda Crusius (PSDB) revelou não ter mais interesse em prorrogar os contratos dos pedágios privados do Estado, questão recentemente levada à pauta mas jamais integralmente compreendida pela população, visto que as atuais concessões se encerram somente em 2013. O governo também negocia obras com as concessionárias. Essa é a notícia que mais interessa à região, pois há problemas e situações que não podem esperar por eventuais prorrogações contratuais. Independentemente das mudanças de foco do governo, há uma CPI em gestação. Se os deputados realmente estão interessados em conhecer a realidade viária do RS, as novidades anunciadas por Yeda não podem interferir na abertura da CPI.
Pedágios não serão prorrogados
(Roberto Carlos Dias - Pioneiro de 07.05.07)
Governadora Yeda Crusius (PSDB) anunciou duas notícias para o Estado durante este final de semana.
Yeda negocia que obras sejam feitas sem que se aumente o tempo das concessões no Estado.
Porto Alegre - O final de semana foi de importantes revelações para os moradores do Rio Grande do Sul e, especialmente, da Serra. Duas notícias foram passadas pela governadora Yeda Crusius (PSDB). A primeira é que o governo iniciará amanhã, em reunião com o Banco Mundial (Bird), a preparação da carta-consulta para obter um financiamento que pode chegar a US$ 500 milhões. A segunda é que não haverá prorrogação dos contratos de pedágios privados, uma reivindicação da Serra. A primeira informação significa uma possibilidade de alívio na crise financeira e foi confirmada por Yeda numa entrevista coletiva ontem. O objetivo é obter recursos para o Programa de Reestruturação da dívida do Estado, aliviando seu fluxo de pagamento. Por não ter cumprido todas as metas fiscais em 2007, o governo gaúcho dependia de autorização do governo federal para negociar com o Bird, e o aval foi dado sexta-feira pela Secretaria do Tesouro Nacional. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, telefonou à governadora. Segundo o secretário Aod Cunha, também presente à coletiva, o aval não permite, ainda, que os recursos sejam disponibilizados ao Estado, mas é um importante sinalizador para que o governo possa definir, com o Banco Mundial, o perfil da operação. Esse processo deve levar um ano, período em que as características da negociação deverão ser definidas. A expectativa é de receber a metade do valor em um ano e o restante em parcelas condicionadas às metas de ajuste fiscal. No sábado, no 9º Encontro do Fisco Estadual Gaúcho, em Bento Gonçalves, a governadora já havia falado sobre o financiamento, mas convocou a coletiva para explicar a negociação. Ainda no encontro, ela reforçou que não haverá prorrogação dos contratos de pedágios. Confira a entrevista concedida ao Pioneiro no Hotel Dall'Onder, onde o evento foi realizado. Pioneiro: O que representa essa informação do ministro Mantega sobre a possibilidade de renegociação da dívida do Estado? Yeda Crusius: Não adianta colocar a carroça na frente dos bois. O que eu quero dizer é que nós estamos, com muita alegria, passo-a-passo mostrando que todos podem ter confiança neste programa de ajustamento das finanças. Isso toma tempo. Já tomou quatro meses para que entendessem os resultados e confiassem. É só isso. Não é uma questão que amanhã se resolva, que no ano que vem se resolva. São múltiplas medidas e é isso que estamos mostrando a todos, que nosso programa de ajuste tem começo, meio e fim. Não é da noite para o dia que vamos resolver as restrições que estamos enfrentando e que exigem o sacrifício do partilhamento dos salários. Estamos enfrentando isso com dezenas de medidas que estão sendo entendidas. Pioneiro: O que o ministro disse de fato na conversa por telefone? Yeda: Ele me disse que analisou tudo o que foi apresentado na audiência que nós tivemos. Ele me disse: "Do que eu vi, eu confio que o programa seja para valer. Neste sentido, você tem todo o sinal amarelo para continuar a sua trajetória". Mas isso precisa de tempo para explicar e é o que vamos fazer domingo (coletiva de ontem). Reforço: não adianta colocar a carroça na frente dos bois. Se fosse colocar a carroça na frente dos bois, tudo isso que nós temos feito nesses quatro meses atropelaria alguma coisa importante. Pioneiro: O prefeito Bolivar Pasqual (PMDB), de Farroupilha, afirmou que a senhora descartou a prorrogação dos contratos dos pedágios em conversa na sexta-feira. A senhora confirma? Yeda: Eu disse, sim, a ele. Nós estamos negociando o que falta neste complexo no qual existe o pedágio. Existem demandas antigas, a necessidade de um trevo, de duplicação de um pedaço de rodovia, a necessidade de um viaduto onde morre muita gente. É isso que nós estamos negociando com quem tem a concessão dos pedágios. Pioneiro: E a prorrogação? Está descartada de vez? Yeda: Não precisa prorrogar. Essa negociação não exige prorrogação.
Solução em breve
A respeito dos pedágios privados, na última quinta-feira, o secretário estadual de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade, afirmou ao Pioneiro que em breve o governo vai apresentar uma solução para o pólo de Caxias e ela não terá custo para a população.
Novidades nos pedágios
A governadora Yeda Crusius (PSDB) revelou não ter mais interesse em prorrogar os contratos dos pedágios privados do Estado, questão recentemente levada à pauta mas jamais integralmente compreendida pela população, visto que as atuais concessões se encerram somente em 2013. O governo também negocia obras com as concessionárias. Essa é a notícia que mais interessa à região, pois há problemas e situações que não podem esperar por eventuais prorrogações contratuais. Independentemente das mudanças de foco do governo, há uma CPI em gestação. Se os deputados realmente estão interessados em conhecer a realidade viária do RS, as novidades anunciadas por Yeda não podem interferir na abertura da CPI.
Pedágios não serão prorrogados
(Roberto Carlos Dias - Pioneiro de 07.05.07)
Governadora Yeda Crusius (PSDB) anunciou duas notícias para o Estado durante este final de semana.
Yeda negocia que obras sejam feitas sem que se aumente o tempo das concessões no Estado.
Porto Alegre - O final de semana foi de importantes revelações para os moradores do Rio Grande do Sul e, especialmente, da Serra. Duas notícias foram passadas pela governadora Yeda Crusius (PSDB). A primeira é que o governo iniciará amanhã, em reunião com o Banco Mundial (Bird), a preparação da carta-consulta para obter um financiamento que pode chegar a US$ 500 milhões. A segunda é que não haverá prorrogação dos contratos de pedágios privados, uma reivindicação da Serra. A primeira informação significa uma possibilidade de alívio na crise financeira e foi confirmada por Yeda numa entrevista coletiva ontem. O objetivo é obter recursos para o Programa de Reestruturação da dívida do Estado, aliviando seu fluxo de pagamento. Por não ter cumprido todas as metas fiscais em 2007, o governo gaúcho dependia de autorização do governo federal para negociar com o Bird, e o aval foi dado sexta-feira pela Secretaria do Tesouro Nacional. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, telefonou à governadora. Segundo o secretário Aod Cunha, também presente à coletiva, o aval não permite, ainda, que os recursos sejam disponibilizados ao Estado, mas é um importante sinalizador para que o governo possa definir, com o Banco Mundial, o perfil da operação. Esse processo deve levar um ano, período em que as características da negociação deverão ser definidas. A expectativa é de receber a metade do valor em um ano e o restante em parcelas condicionadas às metas de ajuste fiscal. No sábado, no 9º Encontro do Fisco Estadual Gaúcho, em Bento Gonçalves, a governadora já havia falado sobre o financiamento, mas convocou a coletiva para explicar a negociação. Ainda no encontro, ela reforçou que não haverá prorrogação dos contratos de pedágios. Confira a entrevista concedida ao Pioneiro no Hotel Dall'Onder, onde o evento foi realizado. Pioneiro: O que representa essa informação do ministro Mantega sobre a possibilidade de renegociação da dívida do Estado? Yeda Crusius: Não adianta colocar a carroça na frente dos bois. O que eu quero dizer é que nós estamos, com muita alegria, passo-a-passo mostrando que todos podem ter confiança neste programa de ajustamento das finanças. Isso toma tempo. Já tomou quatro meses para que entendessem os resultados e confiassem. É só isso. Não é uma questão que amanhã se resolva, que no ano que vem se resolva. São múltiplas medidas e é isso que estamos mostrando a todos, que nosso programa de ajuste tem começo, meio e fim. Não é da noite para o dia que vamos resolver as restrições que estamos enfrentando e que exigem o sacrifício do partilhamento dos salários. Estamos enfrentando isso com dezenas de medidas que estão sendo entendidas. Pioneiro: O que o ministro disse de fato na conversa por telefone? Yeda: Ele me disse que analisou tudo o que foi apresentado na audiência que nós tivemos. Ele me disse: "Do que eu vi, eu confio que o programa seja para valer. Neste sentido, você tem todo o sinal amarelo para continuar a sua trajetória". Mas isso precisa de tempo para explicar e é o que vamos fazer domingo (coletiva de ontem). Reforço: não adianta colocar a carroça na frente dos bois. Se fosse colocar a carroça na frente dos bois, tudo isso que nós temos feito nesses quatro meses atropelaria alguma coisa importante. Pioneiro: O prefeito Bolivar Pasqual (PMDB), de Farroupilha, afirmou que a senhora descartou a prorrogação dos contratos dos pedágios em conversa na sexta-feira. A senhora confirma? Yeda: Eu disse, sim, a ele. Nós estamos negociando o que falta neste complexo no qual existe o pedágio. Existem demandas antigas, a necessidade de um trevo, de duplicação de um pedaço de rodovia, a necessidade de um viaduto onde morre muita gente. É isso que nós estamos negociando com quem tem a concessão dos pedágios. Pioneiro: E a prorrogação? Está descartada de vez? Yeda: Não precisa prorrogar. Essa negociação não exige prorrogação.
Solução em breve
A respeito dos pedágios privados, na última quinta-feira, o secretário estadual de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade, afirmou ao Pioneiro que em breve o governo vai apresentar uma solução para o pólo de Caxias e ela não terá custo para a população.
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