terça-feira, 25 de novembro de 2008

ERNESTINA SE MOBILIZA CONTRA O PEDÁGIO E CONTRA A PRORROGAÇÃO DOS PEDÁGIOS.

Sossella assina carta-compromisso pela não prorrogação dos contratos de pedágio.
O deputado Gilmar Sossella (PDT) assinou uma carta-compromisso em que se compromete a votar pela não prorrogação dos contratos de pedágio. O documento é resultado de uma audiência pública realizada nesta quinta-feira, numa promoção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Prefeitura Municipal de Ernestina, com apoio de entidades e lideranças regionais ligadas a Amaja, Amzop e Amasbi.
A possível instalação de uma praça de pedágio na RSC 153, dentro do município de Ernestina, prevista no projeto de lei que prorroga os contratos de pedágio, preocupa prefeitos, vereadores, líderes empresariais e comunitários e agricultores.
Teresinha Rorig, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ernestina afirma que a praça de pedágio vai obrigar os produtores rurais a pagar pedágio para escoar a produção. A líder sindical destaca ainda que a localização da praça de pedágio está prevista próximo ao local onde estão as principais comunidades do município.
A prefeita Diná Lima da Silva (PSB) teme pelos prejuízos sociais e econômicos que o município poderá sofrer com a instalação de uma praça de pedágio. “Não pedimos e não queremos praça de pedágio em nosso município”, disse a prefeita.
O deputado Gilmar Sossella destaca a importância da mobilização de Ernestina, onde aproximadamente 600 pessoas se reuniram em frente a Câmara de Vereadores. Conforme o parlamentar, o ato fortalece o movimento que se espalha por todo Estado, contrário a prorrogação dos contratos de pedágio.
“O governo do Estado precisa reconhecer que errou e retirar este projeto da Assembléia Legislativa. A prorrogação dos contratos beneficia apenas as concessionárias que terão mais 20 anos para explorar os usuários de rodovias gaúchas, que pagam muito por este modelo ultrapassado de pedágio”, disse Sossella em sua manifestação.
Sossella denunciou que a criação da Praça de Pedágio de Ernestina amplia a capacidade de arrecadação da concessionária do Pólo de Carazinho, sem que a mesma tenha obrigação de conservar novos trechos. A ilegalidade do projeto foi enaltecida por Sossella que aponta a falta da anuência da União em relação a prorrogação dos contratos e a mudança de objeto dos mesmos. Ele defende nova licitação ao final dos atuais contratos, em 2013.
Além da carta-compromisso pela não votação do projeto de lei nº 279/2008, a audiência pública de Ernestina também resultou na elaboração de uma moção de apoio pela não prorrogação dos contratos de pedágio. Um comitê formado por lideranças regionais encaminha o documento à Assembléia Legislativa na próxima semana.

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