quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cresce a resistência em todo o Rio Grande do Sul: PRORROGAÇÃO NÃO!

13/11/2008 N° 10295 - MIRANTE STEFAN LIGOCKI
CRESCE A RESISTÊNCIA
Aresistência ao Duplica RS na Assembléia ganhou novo fôlego ontem. Com a adesão do deputado Francisco Appio (PP), o pedido de abertura da CPI do Daer obteve as 19 assinaturas necessárias para ser protocolado, o que deve ocorrer nos próximos dias. Como se não bastasse isso, a oposição começou a apontar uma série de problemas na proposta que prevê melhorias nas estradas gaúchas em troca da prorrogação dos contratos dos pedágios. Um dos pontos que mais geram desconforto é uma cláusula que daria plenos poderes ao Daer para deslocamento de praças e aumento de tarifa a qualquer momento durante a concessão. Também há quem diga que os custos de determinadas obras estão superfaturados. – Uma obra que custaria normalmente R$ 1 milhão, as concessionárias dizem que vão fazer por R$ 3 milhões – diz o deputado Appio. Apesar das críticas da oposição, os líderes da base aliada ao governo Yeda Crusius (PSDB) não reagiram. Entre eles, há a convicção de que a proposta irá passar com o apoio de mais de 30 votos. Diante da ameaça de que a aprovação do Duplica RS faça com que a oposição procure a Justiça, deputados aliados já teriam na manga um parecer que garante a legalidade da prorrogação das concessões
Saiu a 19ª assinatura
A foto acima registra o momento em que o deputado Francisco Appio (PP) assinou o pedido de abertura da CPI do Daer da Assembléia. Apesar de a oposição, sobretudo o deputado Gilmar Sossella (PDT), ter comemorado a conquista da 19ª assinatura, a implantação da CPI não está totalmente garantida. Comenta-se que o presidente da Casa, Alceu Moreira (PMDB), aliado de Yeda, deve deixar para o seu sucessor instalar a CPI. Ou seja, a comissão só funcionaria a partir de 2009, depois da votação do Duplica RS. A conferir.
A PROPÓSITO Mistério
Se o Piratini diz não temer a CPI do Daer, impedirá sua instalação?
Duplica
Os vereadores caxienses usaram mais de meia hora da sessão de ontem para criticar duramente o Duplica RS (aliás, como já haviam feito nas páginas do Pioneiro de ontem). O presidente da Casa, Edio Elói Frizzo (PSB), chegou a fazer um apelo para o prefeito José Ivo Sartori (PMDB) e o presidente da CIC, Milton Corlatti: – Não se vendam por meia dúzia de obras. A tese de que o pedágio comunitário é melhor do que o privado foi repetida à exaustão, mais uma vez.
Limite máximo
O presidente da Associação Gáucha das Concessionárias de Rodovias (AGCR), Paulo Oiama, é taxativo: as empresas não têm mais como aumentar o desconto da tarifa proposto no Duplica RS, que é de 20%. – Se aumentarmos os descontos, as obras ficarão comprometidas. E nós também queremos melhorar esse modelo de concessão, assim como o governo e os usuários – explica. Sobre a acusação da oposição de que os investimentos seriam baixos demais se comparados ao que as concessionárias irão arrecadar até 2028, Oiama diz que as exigências das novas concessões obrigam muito mais investimentos das empresas. Em tempo: Oiama diz que se o Duplica RS for aprovado, as obras e serviços previstos vão fazer com que o usuário não reclame da tarifa.
Palanque
- Estressado por conta do Duplica RS, o secretário estadual de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade, tirou cinco dias de folga. Ficará fora do ar até a próxima segunda-feira.
Fonte: Jornal Pioneiro de 13/11/2008

Um comentário:

Jaime Diehl disse...

Quero ver divulgado o nome destes mais de 30 parlamentares favoráveis a prorrogação da concessão rodoviária. Eles devem ser banidos do Rio Grande por optarem por uma maneira tão injusta de preservar nossas estradas!
Não é possível que não se sensibilizem com a maioria absoluta do eleitores que se posicionam contra esta matéria. Talvez por não morarem numa cidade cercada por pedágios, onde num raio de 15,20 kms, em qualquer direção, tem que se desembolsar, no mínimo, R$ 5,40 para poder chegar ao destino.
É um absurdo!