terça-feira, 4 de novembro de 2008

Duplica RS é discutido em Plenário. Vereadores posicionam-se contrários ao programa da governadora do Estado.

Na Sessão Ordinária de terça-feira (04) o presidente Edio Elói Frizzo/PSB ocupou a tribuna para criticar a possibilidade de aprovação da Assembléia Legislativa do programa Duplica RS. O parlamentar definiu o objetivo do projeto da governadora Yeda Crusius. “É um grande engodo e só tem uma motivação: propiciar a ampliação dos contratos de pedágios por 25 anos. O projeto acenaria para a redução do valor, mas manteria a bidirecionalidade. É como largar um bode na sala, que é a possibilidade de atender algumas reivindicações da comunidade como desculpa e vamos pôr 25 anos pagar milhões e milhões pra Convias. Esse contrato tem mais cinco anos pela frente. É completamente ilegal prorrogar esses contratos porque obrigatoriamente dependeriam de uma licitação. Seria um absurdo aprovar uma lei ilegal e contrária aos interesses do Estado”, justificou Frizzo.
O Vereador Alfredo Tatto/PT foi além: “Será que setores da imprensa não preparam o espírito da população para uma possível cancela no futuro. Não vemos uma única manchete sobre a prorrogação dos contratos dos pedágios. Por que será? Porque são essas empresas que mais investem em publicidade e marketing nos veículos de comunicação. O deputado que tiver coragem de votar por essa prorrogação deve receber no próximo processo eleitoral o recado da população”.
Para o Vereador Mauro Pereira/PMDB a população vai tomar uma atitude. “Eles (deputados) sabem que aqui está o povo mais politizado do Estado. Aqui ninguém vai aceitar essa forma de votar rapidinho. Eles tem que pensar muito bem o que vão fazer. Não sou contra os pedágios, agora, o que nós não queremos é esse valor. Temos que brigar para que tenha preço justo e que essa Casa seja respeitada”, salientou.
“Se nós nos unirmos e fizermos um grande movimento não vamos ter limite nessa luta”, disse o Vereador Deoclecio da Silva/PMDB, “É um roubo o que está se propondo, um assalto de inconstitucionalidade a mando da governadora”.
Na opinião do Vereador Alaor de Oliveira/PMDB os deputados deixam a desejar na representatividade da região por não estarem atentos às necessidades da comunidade. “Será que os deputados viajam pelo Estado? Eu acho que os deputados não viajam e tem que existir uma cobrança maior porque deputado estadual só aparece pra dormir ou pra pedir voto e depois abandona a cidade”, opinou.
Já o Vereador Pedro Incerti/PDT frisou a questão da inconstitucionalidade da prorrogação dos contratos. “Temos que fazer um movimento forte pra bater na porta do judiciário. O deputado que votar um contrato que ainda não venceu é porque está levando e bastante. Se os políticos não têm a capacidade de ver isso é o judiciário que vai ter que dizer se é correto aprovar um contrato que não venceu”, resumiu.
Frizzo encerrou o assunto destacando: “Não tenho receito de dizer que o deputado que votar um projeto desse é porque está na gaveta”.

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