Stefan Ligocki - 25/10/2007
Pegar ou pegar
Disposto a resolver a situação do pólo de pedágio de Caxias de forma a garantir um mínimo de investimentos em obras viárias, o governo estadual decidiu assinar um novo contrato com a Convias. Apesar da importância incontestável das obras, a decisão pode gerar algum desgaste ao Palácio Piratini. Para quem não lembra, há três meses a governadora Yeda Crusius (PSDB) antecipou a proposta do Estado e da Convias e prometeu que haveria uma reunião para apresentar o projeto. Nessa reunião, a população opinaria sobre alguns pontos polêmicos, como a inviabilização dos desvios do pedágio. Ontem, contudo, o secretário Daniel Andrade comunicou que esse ponto da proposta nem será discutido: a inviabilização dos desvios já é decisão tomada pelo Piratini. Segundo Andrade, a comunidade regional ainda poderá tentar obter um desconto na tarifa maior que os 50% que já estariam garantidos pela Convias. O secretário alega que ou o governo inviabiliza os desvios ou terá de pagar a conta à Convias. Ao tomar a decisão de inviabilizar os desvios, o governo Yeda ignora o desejo de boa parte da população da Serra, que não aceita esse ponto da proposta. Andrade está ciente:- O governo não tem outra saída. Vamos enfrentar esse debate. Mas é preciso levar em conta que há ganhos, como as obras e os descontos - sustenta Andrade. Para a população, não é pegar ou largar a proposta, é pegar ou pegar. No que se refere a pedágios, não será a primeira vez que isso ocorre.
Bom...
Apesar de a população não poder mais decidir se quer ou não a inviabilização dos desvios, é preciso destacar que a proposta do Estado e da Convias não é ruim. As obras incluídas na negociação são fundamentais para o trânsito da região. O desconto de 50% nas tarifas é razoável, e algo maior do que isso ainda pode ser viabilizado. É bom lembrar que o Estado está quebrado e nada seria feito até 2013, ano do fim das concessões.
...e ruim
O problema, mais uma vez, é o fato de o governo estadual ter prometido algo e não ter cumprido. Se tivesse dito lá atrás que a questão dos desvios era inegociável, o desgaste certamente seria menor.Agora, já que a decisão foi tomada, é fundamental que o Estado dê transparência total ao novo termo aditivo com a Convias. A população precisa ter a garantia de que o novo contrato não inclui a prorrogação das concessões.
Palanque
- Ao saber da decisão do governo estadual de inviabilizar os desvios de pedágio, o líder da Assurcon, Juarez Colombo, foi irônico:- Estou esperando o tal "gestor dos pedágios" que o Daniel Andrade prometeu enviar à Serra- Os deputados pedetistas Gilmar Sossela e Paulo Azeredo pediram ao Ministério Publico Estadual que investigue as concessões rodoviárias gaúchas.
Pegar ou pegar
Disposto a resolver a situação do pólo de pedágio de Caxias de forma a garantir um mínimo de investimentos em obras viárias, o governo estadual decidiu assinar um novo contrato com a Convias. Apesar da importância incontestável das obras, a decisão pode gerar algum desgaste ao Palácio Piratini. Para quem não lembra, há três meses a governadora Yeda Crusius (PSDB) antecipou a proposta do Estado e da Convias e prometeu que haveria uma reunião para apresentar o projeto. Nessa reunião, a população opinaria sobre alguns pontos polêmicos, como a inviabilização dos desvios do pedágio. Ontem, contudo, o secretário Daniel Andrade comunicou que esse ponto da proposta nem será discutido: a inviabilização dos desvios já é decisão tomada pelo Piratini. Segundo Andrade, a comunidade regional ainda poderá tentar obter um desconto na tarifa maior que os 50% que já estariam garantidos pela Convias. O secretário alega que ou o governo inviabiliza os desvios ou terá de pagar a conta à Convias. Ao tomar a decisão de inviabilizar os desvios, o governo Yeda ignora o desejo de boa parte da população da Serra, que não aceita esse ponto da proposta. Andrade está ciente:- O governo não tem outra saída. Vamos enfrentar esse debate. Mas é preciso levar em conta que há ganhos, como as obras e os descontos - sustenta Andrade. Para a população, não é pegar ou largar a proposta, é pegar ou pegar. No que se refere a pedágios, não será a primeira vez que isso ocorre.
Bom...
Apesar de a população não poder mais decidir se quer ou não a inviabilização dos desvios, é preciso destacar que a proposta do Estado e da Convias não é ruim. As obras incluídas na negociação são fundamentais para o trânsito da região. O desconto de 50% nas tarifas é razoável, e algo maior do que isso ainda pode ser viabilizado. É bom lembrar que o Estado está quebrado e nada seria feito até 2013, ano do fim das concessões.
...e ruim
O problema, mais uma vez, é o fato de o governo estadual ter prometido algo e não ter cumprido. Se tivesse dito lá atrás que a questão dos desvios era inegociável, o desgaste certamente seria menor.Agora, já que a decisão foi tomada, é fundamental que o Estado dê transparência total ao novo termo aditivo com a Convias. A população precisa ter a garantia de que o novo contrato não inclui a prorrogação das concessões.
Palanque
- Ao saber da decisão do governo estadual de inviabilizar os desvios de pedágio, o líder da Assurcon, Juarez Colombo, foi irônico:- Estou esperando o tal "gestor dos pedágios" que o Daniel Andrade prometeu enviar à Serra- Os deputados pedetistas Gilmar Sossela e Paulo Azeredo pediram ao Ministério Publico Estadual que investigue as concessões rodoviárias gaúchas.
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