Ciro Fabres - 18/10/2007
Claro que nem todos os integrantes da comissão irão sentar-se à mesma mesa. Faltará o consenso, até mesmo o mínimo entendimento. Só alguns ficarão à espera do jantar tradicional servido ao fim de boa parte das CPIs, ainda assim uma triste maioria, com certas companhias ilustres, como a do presidente da Casa, que foi socorrer-se da Justiça para evitar que o plenário decidisse sobre a prorrogação da CPI dos Pedágios. O plenário bem que poderia decidir sobre um assunto relevante, com tanto pormenor por esclarecer, um tema que interessa à grande maioria dos gaúchos. Bastava o presidente da Casa permitir, mas o presidente fez o que pôde para não deixar. Ficou aquela caixa-preta fechada sobre a mesa, com muito conteúdo sufocado lá dentro, que não veio à tona. Um conteúdo malcheiroso, composto por notas frias não-explicadas, por diálogos comprometedores gravados, por depoimentos silenciados, por contratos obscuros, por composição duvidosa de tarifas, por investimentos restritos, e por aí vai, descambando para uma série de manobras regimentais ao pior estilo do que é mais cotidiano no Congresso Nacional. Ah, o relator fala em um relatório bacana, legal, que sugere até a não-prorrogação dos contratos das concessionárias, mas é bem isso o que faz o relatório: sugere. Quanto à investigação sobre de onde vem o mau-cheiro, que é o que a CPI poderia contribuir decisivamente, ah, isso deixa pra lá, não é mesmo? Ao final, a curiosidade bate mais forte. Por que a maioria dos integrantes da CPI dos Pedágios não quis seguir com as investigações, ouvir ex-diretores do Daer da época em que foi concebido este modelo atual dos pedágios e foram formatados os contratos? Por que os integrantes da CCJ, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia, também não deram quórum para encaminhar a prorrogação da CPI, e arranjavam um jeito de faltar às sessões? Por que o presidente da Assembléia, deputado Frederico Antunes, em vez de encaminhar naturalmente a decisão para o plenário, fez de tudo para evitar essa votação? Por que tanta pressa? Há algo a esconder, afinal? Desse jeito, ficou parecendo. Ao melhor estilo Brasília, como tão bem conhecemos, a CPI dos Pedágios da Assembléia acaba em pizza, mas uma pizza ao nosso jeito, uma pizza de picanha, cujo aroma recende por todo o Estado.
Claro que nem todos os integrantes da comissão irão sentar-se à mesma mesa. Faltará o consenso, até mesmo o mínimo entendimento. Só alguns ficarão à espera do jantar tradicional servido ao fim de boa parte das CPIs, ainda assim uma triste maioria, com certas companhias ilustres, como a do presidente da Casa, que foi socorrer-se da Justiça para evitar que o plenário decidisse sobre a prorrogação da CPI dos Pedágios. O plenário bem que poderia decidir sobre um assunto relevante, com tanto pormenor por esclarecer, um tema que interessa à grande maioria dos gaúchos. Bastava o presidente da Casa permitir, mas o presidente fez o que pôde para não deixar. Ficou aquela caixa-preta fechada sobre a mesa, com muito conteúdo sufocado lá dentro, que não veio à tona. Um conteúdo malcheiroso, composto por notas frias não-explicadas, por diálogos comprometedores gravados, por depoimentos silenciados, por contratos obscuros, por composição duvidosa de tarifas, por investimentos restritos, e por aí vai, descambando para uma série de manobras regimentais ao pior estilo do que é mais cotidiano no Congresso Nacional. Ah, o relator fala em um relatório bacana, legal, que sugere até a não-prorrogação dos contratos das concessionárias, mas é bem isso o que faz o relatório: sugere. Quanto à investigação sobre de onde vem o mau-cheiro, que é o que a CPI poderia contribuir decisivamente, ah, isso deixa pra lá, não é mesmo? Ao final, a curiosidade bate mais forte. Por que a maioria dos integrantes da CPI dos Pedágios não quis seguir com as investigações, ouvir ex-diretores do Daer da época em que foi concebido este modelo atual dos pedágios e foram formatados os contratos? Por que os integrantes da CCJ, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia, também não deram quórum para encaminhar a prorrogação da CPI, e arranjavam um jeito de faltar às sessões? Por que o presidente da Assembléia, deputado Frederico Antunes, em vez de encaminhar naturalmente a decisão para o plenário, fez de tudo para evitar essa votação? Por que tanta pressa? Há algo a esconder, afinal? Desse jeito, ficou parecendo. Ao melhor estilo Brasília, como tão bem conhecemos, a CPI dos Pedágios da Assembléia acaba em pizza, mas uma pizza ao nosso jeito, uma pizza de picanha, cujo aroma recende por todo o Estado.
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