Stefan Ligocki - 25/09/2007 -
CPI ganha fôlego
Com data marcada para terminar - 12 de outubro - , a CPI dos Pedágios pode ganhar uma sobrevida de mais 60 dias por conta de uma denúncia apresentada ontem pelo deputado Paulo Azeredo (PDT) envolvendo o próprio relator da comissão, Berfran Rosado (PPS). Azeredo divulgou o conteúdo de uma gravação na qual o conselheiro e ex-presidente da Agergs Guilherme Villela tenta orientar o depoimento que a diretora de qualidade do mesmo órgão, Denise Zaions, deu à CPI em agosto. Na conversa, Villela afirma que poderia ter acesso de forma antecipada às perguntas que Berfran iria fazer a Denise. O conselheiro chega a dizer, em certo momento, que Berfran é "homem de sua confiança". Denise diz ter feito a denúncia para se preservar e não colocar sob suspeita o seu depoimento, no qual apresentou um estudo de 2005 que apontava o descumprimento dos contratos de concessão em 457 dos 1,7 mil quilômetros de rodovias pedagiadas. Ela alega estar sendo pressionada a deixar seu cargo. Logo após a denúncia feita por Azeredo, o requerimento que pedia a prorrogação da CPI por mais 60 dias teve a votação prejudicada por falta de quórum - dois deputados da base aliada do governo Yeda Crusius (PSDB) se ausentaram. Diante do boicote da situação, o presidente da CPI, Gilmar Sossella (PDT), decidiu encaminhar um novo pedido de prorrogação, desta vez para ser votado no plenário da Assembléia. A oposição acredita que há chances de ser aprovado.
Outra CPI
Além da tentativa de Guilherme Villela de tentar orientar o depoimento de Denise Zaions à CPI, outro fato chamou a atenção no conteúdo da gravação divulgada ontem. Em uma conversa com Denise, o conselheiro Ricardo da Silva afirma que "há podres a serem arrumados". Ontem, já havia deputados falando em fazer uma outra CPI, desta vez para investigar a Agergs.
Convocação
A denúncia trazida à CPI dos Pedágios ontem pelo deputado Paulo Azeredo (PDT) não garantiu a aprovação da prorrogação dos trabalhos da comissão. Contudo, assegurou que passasse o pedido de convocação à CPI do ex-presidente da Agergs Guilherme Villella. Azeredo acredita que a gravação mostra uma relação estreita entre Berfran Rosado (PPS) e Villela. Por conta disso, defende o afastamento imediato de Berfran da relatoria.
Silêncio
O Mirante tentou falar ontem com Guilherme Villela, mas não obteve retorno às ligações. Por e-mail, Berfran Rosado diz ter sido surpreendido pela denúncia e que por isso mesmo votou a favor da convocação de Villela à CPI (ainda sem data). O deputado sugere que a denúncia é política:- Observa-se que, à medida em que os argumentos técnicos vão se esgotando e sendo respondidos, abre-se lugar para o palco.
CPI ganha fôlego
Com data marcada para terminar - 12 de outubro - , a CPI dos Pedágios pode ganhar uma sobrevida de mais 60 dias por conta de uma denúncia apresentada ontem pelo deputado Paulo Azeredo (PDT) envolvendo o próprio relator da comissão, Berfran Rosado (PPS). Azeredo divulgou o conteúdo de uma gravação na qual o conselheiro e ex-presidente da Agergs Guilherme Villela tenta orientar o depoimento que a diretora de qualidade do mesmo órgão, Denise Zaions, deu à CPI em agosto. Na conversa, Villela afirma que poderia ter acesso de forma antecipada às perguntas que Berfran iria fazer a Denise. O conselheiro chega a dizer, em certo momento, que Berfran é "homem de sua confiança". Denise diz ter feito a denúncia para se preservar e não colocar sob suspeita o seu depoimento, no qual apresentou um estudo de 2005 que apontava o descumprimento dos contratos de concessão em 457 dos 1,7 mil quilômetros de rodovias pedagiadas. Ela alega estar sendo pressionada a deixar seu cargo. Logo após a denúncia feita por Azeredo, o requerimento que pedia a prorrogação da CPI por mais 60 dias teve a votação prejudicada por falta de quórum - dois deputados da base aliada do governo Yeda Crusius (PSDB) se ausentaram. Diante do boicote da situação, o presidente da CPI, Gilmar Sossella (PDT), decidiu encaminhar um novo pedido de prorrogação, desta vez para ser votado no plenário da Assembléia. A oposição acredita que há chances de ser aprovado.
Outra CPI
Além da tentativa de Guilherme Villela de tentar orientar o depoimento de Denise Zaions à CPI, outro fato chamou a atenção no conteúdo da gravação divulgada ontem. Em uma conversa com Denise, o conselheiro Ricardo da Silva afirma que "há podres a serem arrumados". Ontem, já havia deputados falando em fazer uma outra CPI, desta vez para investigar a Agergs.
Convocação
A denúncia trazida à CPI dos Pedágios ontem pelo deputado Paulo Azeredo (PDT) não garantiu a aprovação da prorrogação dos trabalhos da comissão. Contudo, assegurou que passasse o pedido de convocação à CPI do ex-presidente da Agergs Guilherme Villella. Azeredo acredita que a gravação mostra uma relação estreita entre Berfran Rosado (PPS) e Villela. Por conta disso, defende o afastamento imediato de Berfran da relatoria.
Silêncio
O Mirante tentou falar ontem com Guilherme Villela, mas não obteve retorno às ligações. Por e-mail, Berfran Rosado diz ter sido surpreendido pela denúncia e que por isso mesmo votou a favor da convocação de Villela à CPI (ainda sem data). O deputado sugere que a denúncia é política:- Observa-se que, à medida em que os argumentos técnicos vão se esgotando e sendo respondidos, abre-se lugar para o palco.
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Boa parte dos deputados de oposição na CPI dos Pedágios deve participar de uma prestação de contas dos trabalhos da comissão na próxima quinta-feira, às 19h, na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul.
A propósito - Tempo
Boa parte dos deputados de oposição na CPI dos Pedágios deve participar de uma prestação de contas dos trabalhos da comissão na próxima quinta-feira, às 19h, na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul.
A propósito - Tempo
Depois da denúncia de ontem, resta alguma dúvida de que a CPI dos Pedágios precisa ser prorrogada se ainda quiser ser levada a sério?
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