terça-feira, 11 de setembro de 2007

Relator quer encerrar seu relatório até o dia 30. Prenúncio de pizza?


Foto(s): Marcos Eifler, Assembléia, divulgação
Pizza à vista
O depoimento do diretor administrativo da construtora Sultepa, Ângelo Lúcio Villarinho da Silva, na CPI dos Pedágios, ontem, revoltou os deputados da oposição.Villarinho (à esquerda na foto) teve de explicar um ofício encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na qual sugeria que a venda do Consórcio Univias ao grupo paulista Equipav-Bertin estava condicionada à prorrogação das concessões. Para justificar o polêmico documento, o representante da Sultepa disse que cometeu um erro de redação. Depois acrescentou que citou a prorrogação no tal ofício usando como base um estudo do Daer. A oposição, contudo, lembrou que o diretor da Daer, Gilberto Cunha, garantiu que não há qualquer estudo do tipo na instituição.- Isso é inconcebível. Ele só acobertou as concessionárias - reclamou a deputada Marisa Formolo (PT), que defendeu a quebra do sigilo bancário do Consórcio Univias. Durante o depoimento, manifestantes de Viamão protestaram contra os rumos da CPI trazendo um pizza para dentro da Assembléia. Teriam apanhado de seguranças. A oposição já acredita que a CPI vai terminar como começou o protesto: em pizza.
Palanque
- A oposição e a base aliada entraram em conflito na sessão de ontem da CPI dos Pedágios porque três requerimentos da oposição foram rejeitados pela maioria governista. Com a rejeição, deixarão de comparecer à CPI cinco diretores do Daer, entre eles Eudes Missio e José Luiz Rocha Paiva, que atuaram na elaboração das concessões.- O relator da CPI, Berfran Rosado (PPS), sustenta que a oposição faz demagogia porque os mesmos requerimentos foram apresentados há três semanas e rejeitados pela oposição. Berfran queria adaptar os depoimentos ao seu plano de trabalho. A oposição reclamou que o calendário ficaria engessado e rejeitou o pedido.- A Assurcon acha que a CPI vai acabar em pizza porque Berfran quer encerrar seu relatório até o dia 30. A oposição quer mais tempo para analisar documentos.
Fonte: Jornal Pioneiro

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