sábado, 29 de setembro de 2007

SILÊNCIO COMPROMETEDOR...

Jornal Pioneiro, 29 de setembro de 2007
Mais 60 dias
A deputada estadual Marisa Formolo (PT) dá mais um bom motivo para que a Assembléia prorrogue a CPI dos Pedágios por mais 60 dias: até agora, só 6 mil dos 100 mil documentos recebidos pela comissão foram consultados pelo relator da CPI, Berfran Rosado (PPS). A prorrogação, porém, está nas mãos do presidente da Casa, Frederico Antunes (PP). A oposição teme que Antunes envie o pedido para a Comissão de Constituição e Justiça, onde algum deputado pode pedir vistas e sentar em cima do requerimento, o que inviabilizaria a prorrogação.
Agergs na mira
A exoneração da diretora de Qualidade da Agergs, Denise Zaions, repercute na Assembléia. O deputado Francisco Appio (PP) adianta que vai convocar o presidente do órgão, Alcides Saldanha, a dar explicações na Comissão de Serviços Públicos. Denise foi exonerada do cargo de diretora da Agergs três dias depois de denunciar à CPI dos Pedágios uma gravação na qual o conselheiro do órgão Guilherme Villela afirma que poderia obter perguntas de forma antecipada com o relator da comissão, Berfran Rosado (PPS).
Só silêncio
A coluna tentou novo contato com o presidente da Agergs, Alcides Saldanha, na sexta-feira para que ele explicasse por que Denise Zaions foi afastada e Guilherme Villela não. Novamente, Saldanha preferiu ficar em silêncio.Na Assembléia, cresce entre os deputados a intenção de afastar Villela do cargo. Tudo vai depender de como o conselheiro vai se sair na acareação com o deputado Berfran Rosado, prevista para segunda-feira na CPI.
Vitrine
A compra do Consórcio Univias, que tem a gestão dos pedágios do pólo de Caxias do Sul, foi a porta que o poderoso grupo paulista Bertin-Equipav encontrou para entrar - e se espraiar - no Rio Grande do Sul.O Bertin-Equipav controla outras duas concessionárias de rodovias, que administram 678,3 quilômetros de estradas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Também atua com outras quatro empresas nas áreas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto no centro do país, além de uma termoelétrica no Amapá.
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Em tempo: o plano do grupo é administrar o Univias de forma exemplar para usá-lo como cartão de visitas para a entrada em outros negócios na área de infra-estrutura no Estado. Bom para os usuários do consórcio, há uma década maltratados.

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