Fonte: Jornal Pioneiro
Entrevista: Guilherme Socias Villela
Ex-prefeito de Porto Alegre e conselheiro da Agergs indicado pelas concessionárias, o economista Guilherme Socias Villela está no foco de uma crise. Em audiência da CPI dos Pedágios, na segunda-feira, tornaram-se públicas conversas mantidas por ele com a diretora de Qualidade da Agergs, Denise Zaions. Os diálogos revelam que Villela obteria com antecedência junto ao relator da CPI dos Pedágios, deputado Berfran Rosado (PPS), as perguntas que seriam feitas à Denise. A diretora contou também ter sofrido pressão para não prestar depoimento. Em um trecho, o ex-prefeito diz "(..) Olha o que eu vou te dizer olhando olho no olho, minha querida amiga, eu vou fazer com que ele me dê as perguntas dele antecipado". Ontem, Villela conversou com a Agência RBS. Abaixo, a versão do ex-prefeito, que não desmentiu a existência das gravações: Agência RBS: A senhora Denise Zaions disse que o senhor tentou demovê-la do depoimento à CPI dos Pedágios. É verdade?
Ex-prefeito de Porto Alegre e conselheiro da Agergs indicado pelas concessionárias, o economista Guilherme Socias Villela está no foco de uma crise. Em audiência da CPI dos Pedágios, na segunda-feira, tornaram-se públicas conversas mantidas por ele com a diretora de Qualidade da Agergs, Denise Zaions. Os diálogos revelam que Villela obteria com antecedência junto ao relator da CPI dos Pedágios, deputado Berfran Rosado (PPS), as perguntas que seriam feitas à Denise. A diretora contou também ter sofrido pressão para não prestar depoimento. Em um trecho, o ex-prefeito diz "(..) Olha o que eu vou te dizer olhando olho no olho, minha querida amiga, eu vou fazer com que ele me dê as perguntas dele antecipado". Ontem, Villela conversou com a Agência RBS. Abaixo, a versão do ex-prefeito, que não desmentiu a existência das gravações: Agência RBS: A senhora Denise Zaions disse que o senhor tentou demovê-la do depoimento à CPI dos Pedágios. É verdade?
Guilherme Socias Villela: Não. Não confere com a realidade. Durante o encontro que mantive com a senhora Denise ela manifestou dois problemas pessoais. Um, por escrito, em que pedia um mês de férias (licença-prêmio), em maio. A minha pergunta foi no sentido de que se ela estivesse estressada poderia eventualmente ser substituída.
Agência RBS: Na gravação apresentada à CPI, o senhor diz que o deputado Berfran Rosado é da sua "confiança". O que o senhor quis dizer?
Villela: Perguntei para ela se ela gostaria, como sendo matéria técnica, de conhecer a pauta antes. Esta pauta poderia ser antecipada se eu falasse, ou se o presidente falasse, com algum deputado. Eventuais questões visavam a facilitar o trabalho dela. Mas isso não teve resposta.
Agência RBS: Mas o deputado Berfran Rosado é da confiança do senhor?
Villela: Eu não falei com o deputado Berfran. Eu inclusive estou me desculpando com o deputado Berfran Rosado por ter citado o seu nome. Nunca tive mantive qualquer entendimento com ele neste sentido. Nunca. É assim, digamos, conhecido meu. Desse assunto, realmente, ele está complemente isento.
Agência RBS: O senhor obteve antecipadamente as perguntas que seriam feitas à senhora Denise pelo deputado Berfran Rosado?
Villela: Não, claro que não. Nem falei com o deputado Berfran. Ele está completamente isento.
Agência RBS: A senhora Denise afirmou ainda ter sido orientada a não dizer tudo o que sabia à CPI? Foi o senhor quem a orientou?
Villela: Não, isso não. De minha parte, não.
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