sábado, 28 de abril de 2007

PROTESTOS NA PRIMEIRA INTERIORIZAÇÃO DO GOVERNO GAÚCHO

Fonte: Jornal Pioneiro - 28.04.07
Recepção tumultuada
Bento Gonçalves - Dois protestos marcaram o dia da governadora Yeda Crusius (PSDB) na Serra. Em Bento Gonçalves, onde ela fez a primeira atividade dentro do programa de interiorização do governo, nesta sexta-feira, cerca de 200 estudantes bento-gonçalvenses e integrantes do Cpers Sindicato não pouparam palavras de ordem criticando-a pela falta de professores e de recursos na área da educação. A alguns quilômetros dali, no distrito caxiense de Vila Cristina, cerca de 300 pessoas promoviam um protesto contra a mudança da praça de pedágio. O governo estuda um pedido da Convias (concessionária responsável pelo pólo de Caxias do Sul) para alterar a localização e evitar via alternativa. Os manifestantes escolheram a sexta-feira em função da vinda de Yeda. Procurando interferir o mínimo no fluxo do trânsito, os manifestantes percorreram os três quilômetros entre o local previsto para a instalação da nova praça e as instalações atuais, no Km 171 da BR-116. A manifestação foi pacífica e encerrou com um enterro simbólico de um caixão que simbolizava o modelo de pedágio concedido. O movimento iniciou por volta das 11h50min quando dois ônibus deixaram à beira da rodovia cerca de 150 pessoas que iniciaram a caminhada carregando o caixão e distribuindo folhetos para os motoristas, que trafegavam em meia pista. Entre os manifestantes estava a aposentada Lourdes Vigoli, 70 anos. Apesar de a moradora de Vila Cristina nunca ter dirigido na vida, fez questão participar do protesto em nome dos quatro filhos. Plantadores de hortaliças, segundo dona Lourdes eles pagam dois pedágios diariamente para escoar a produção da família. Durante o trajeto, mais pessoas foram se unindo ao grupo, que chegou à praça de pedágio por volta das 13h20min. No local, líderes de entidades como sindicatos e associações de bairro discursaram em repúdio à mudança do local da cobrança, o que inviabilizaria o desvio atualmente utilizado. Na falta de um buraco para colocar o caixão, os manifestantes munidos de pás recorreram ao improviso, cobrindo-o com pó de brita.

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