segunda-feira, 23 de abril de 2007

Agergs: se uma agência fiscalizadora não pode multar, serve para quê?

Stefan Ligocki - 23/04/2007 - Jornal Pioneiro
Panfleto-piada
Na audiência sobre pedágios privados promovida pela Comissão de Serviços Públicos da Assembléia na última quinta-feira, em Vacaria, um panfleto apócrifo que circulou pelo Legislativo local foi motivo de piada entre deputados, vereadores e usuários do trecho concedido da BR-116. Com fotos da BR-116 antes e depois da concessão, o panfleto trazia um texto com entusiasmada defesa do contestado modelo de concessões rodoviárias do Estado. "Aqueles que combatem o pedágio querem se desfazer dessa inigualável capacidade operacional", dizia um dos trechos do texto. Curiosamente, o documento não continha qualquer assinatura.
(In)útil?
Na sexta-feira, na audiência pública sobre pedágios privados promovida pela Assembléia no Legislativo caxiense, o deputado estadual Francisco Appio (PP) questionou a utilidade e a eficiência da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). - Soube que, como não há uma lei específica que autorize a Agergs a fazer punições, ela não multa ninguém - reclamou Appio. É a mesma pergunta que milhares de usuários de rodovias se fazem todos os dias.
Outro que andou por Caxias na sexta-feira foi o deputado estadual Raul Carrion (PC do B). O comunista tem uma curiosa visão sobre os pedágios privados no Estado:- É uma situação que me lembra a época do feudalismo. Para passar pelo feudos, você tinha que pagar uma taxa. O engraçado é que já vivemos no capitalismo - ironiza Carrion.
Mais
O presidente da Assurcon, Juarez Colombo, ficou impressionado com os relatos de usuários do trecho concedido da BR-116 que foram à audiência pública sobre os pedágios privados realizada em Vacaria, na última quinta-feira. - Há produtores de maçã que pagam dois pedágios só para ir trabalhar em suas lavouras. Isso é um absurdo que não pode continuar - reclama o líder da entidade dos usuários de rodovias concedidas do Estado.
A propósito
Agergs: se uma agência fiscalizadora não pode multar, serve para quê?

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