sexta-feira, 20 de abril de 2007

HORA DE DEBATER PEDÁGIOS






Fonte: Jornal Pioneiro - 20/04/07
Comissão de Serviços Públicos da Assembléia promove reunião em Caxias do Sul. Audiência pública às 9h de hoje, na Câmara, tem a meta de ouvir os usuários das rodovias concedidas.
Caxias do Sul - Se você tem algo a dizer sobre os pedágios privados, vá à Câmara de Vereadores a partir das 9h de hoje e conte sua história para os deputados que estão mobilizados para evitar a prorrogação dos contratos. A audiência pública da Comissão de Serviços Públicos da Assenbléia Legislativa tem o objetivo de buscar informações para o trabalho da CPI dos Pedágiosda Casa - a qual deverá ser instalada na semana que vem - e para outras ações ligadas ao tema. O espaço estará aberto para pessoas favoráveis e contrárias ao atual modelo de pedagiamento gaúcho, e o evento ainda vai apresentar informações sobre os atuais contratos. - Vamos ouvir as pessoas, colher dados para embasar o nosso trabalho na CPI. Convidamos o governo do Estado, a prefeitura e entidades - afirma o deputado farroupilhense Alvaro Boessio (PMDB), um dos líderes do movimento contra a prorrogação dos contratos. Entre os assuntos a serem discutidos, estão a proposta do deputado Dionilso Marcon (PT), a qual estabelece a realização de plebiscito sobre a prorrogação, e a participação de um membro da Associação dos Usuários de Rodovias Concedidas (Assurcon) nos trabalhos da CPI. - Vamos sugerir que alguém da Assurcon acompanhe os trabalhos por 120 dias, para auxiliar a comissão - adianta Boessio. Coordenador da Frente Parlamentar contra a Prorrogação dos Contratos de Pedágios, o deputado Francisco Appio (PP), de Vacaria, também estará no encontro para ouvir usuários, como caminhoneiros, estudantes, taxistas e outros. - Moradores das cidades-pólo são os mais prejudicados. Há um caso em Vacaria de uma pessoa que gasta 10 vezes mais com pedágio do que com combustível - conta. A deputada caxiense Marisa Formolo (PT) vai à audiência para levar informações, como receita e investimentos das concessionárias. Além disso, pretende divulgar à comunidade projetos de lei e iniciativas relacionadas aos pedágios que tramitam hoje na Assembléia. - Trabalhamos pelo não à prorrogação e pela CPI já - completa. Outra questão a ser discutida, que é o principal motivo para o convite à prefeitura caxiense, é a intenção da Convias - concessionária responsável pelo pólo de Caxias do Sul - de mudar a localização da praça de Vila Cristina para evitar o uso de uma via alternativa. O pedido está sendo analisado pela Secretaria de Infra-estrutura e Logística e pelo Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer). Os titulares dos dois órgãos estaduais foram convidados para a audiência, mas não estarão presentes por terem compromissos em outras cidades. A Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias (AGCR) também foi convidada, mas não enviará representantes. Já a prefeitura de Caxias do Sul estará representada pelo secretário municipal de Transportes e Mobilidade Urbana, Jorge Dutra.
Mais
Sem pedágio
O secretário estadual de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade, afirmou ontem que não há qualquer possibilidade de pedágio para concluir a Rota do Sol. O governo vai bancar o final da obra.
Assurcon vai mostrar problemas
A principal manifestação da Associação dos Usuários de Rodovias Concedidas (Assurcon) na audiência pública prevista para hoje será apresentar irregularidades dos atuais contratos de pedágios privados do Estado. Entre elas, o fato de a praça de Farroupilha não estar prevista no primeiro edital. Ela acabou sendo regularizada depois, quando a bidirecionalidade foi instituída. - Vamos abrir para a sociedade diversos problemas, temos muitos estudos - antecipa o presidente da entidade, Juarez Colombo. A importância da CPI dos Pedágios também será destacada, além do fato de a Assurcon não ter assento em conselhos do setor, como o da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e o do Daer. Sobre a intenção do parlamentar Alvaro Boessio (PMDB) de ter alguém da entidade auxiliando na CPI, Colombo diz que está à disposição. - Temos muitos números e levantamentos que podem contribuir. Estamos aqui para ajudar - garante o presidente.

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