quarta-feira, 4 de abril de 2007

ACREDITE SE QUISER: A AGCR FAZ DEFESA DE UM MODELO EXPLORADOR QUE QUER SE MANTER NO RS






Fonte: Jornal Pioneiro - Mirante - 04.04.07
A AGCR apresenta sua defesa
Alvo preferencial dos críticos dos pedágios privados do Estado, a Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias (AGCR) decidiu responder à saraivada de contestações que tem sofrido recentemente, sobretudo depois que o Palácio Piratini anunciou a intenção de prorrogar os contratos de concessões de rodovias. Ontem, a entidade publicou em vários jornais do Estado, incluindo o Pioneiro, a nota "Sim! Ao desenvolvimento", na qual manifesta "repúdio ao desrespeito praticado contra empresas constituídas legalmente, que prestam serviços idôneos aos seus usuários, dentro dos mais transparentes parâmetros contratuais". Na nota, a AGCR ainda sustenta que "os pedágios não agridem o direito de ir e vir e não há exigência legal ou constitucional de vias alternativas" - um sinal de que a entidade, caso ocorra a prorrogação, não vai aceitar a permanência dos desvios de pedágio. A AGCR também aponta que a prorrogação "pode ser a derradeira alternativa do Estado para modernizar as rodovias gaúchas". Para a Assurcon, entidade representativa dos usuários, a nota não traz nada de novo. O secretário-geral da entidade, Agenor Basso, acredita que a manifestação da AGCR não passa de uma cortina de fumaça para que não se discuta o que é mais importante, um modelo equivocado que onera a sociedade e quer se manter no Estado. Durma-se com um barulho desses.
Pedágios...
Caxias do Sul receberá a primeira de sete audiências públicas que a Comissão de Serviços Públicos da Assembléia irá promover no interior do Estado, a pedido da Frente Parlamentar Contra os Pedágios. A reunião será às 9h do dia 20 deste mês, na Câmara de Vereadores.
...em debate
De acordo com o coordenador da Frente, Francisco Appio (PP), a intenção é ouvir as comunidades e esclarecer denúncias sobre o descumprimento dos contratos pelas concessionárias de rodovias. Vai ser uma longa - e concorrida - audiência.
Assinatura cautelosa
Mesmo a contragosto, o deputado Alberto Oliveira (PMDB) assinou ontem a CPI dos Pedágios. O peemedebista ponderou que não considera a comissão o melhor caminho para discutir as concessões de rodovias do Estado. Porém, decidiu assinar porque encontrar uma solução para o problema dos pedágios é uma das principais demandas da Serra. - Espero que a CPI tenha resultados práticos, não seja um palco político. É preciso que não se crie tanta expectativa junto à população - enfatiza Oliveira.
Resultado garantido
O deputado Gilmar Sossella (PDT), um dos principais articuladores da CPI dos Pedágios e provável presidente, tem convicção de que a comissão não vai se transformar num palanque, como teme o colega de Assembléia Alberto Oliveira (PMDB). - Vamos trabalhar em defesa dos usuários das rodovias, que estão sendo explorados. Nossa CPI não vai ser palanque nem caça às bruxas - garante Sossella. É o que a sociedade espera.
Bafo na nuca
Deputados estaduais têm sido pressionados a não assinarem o requerimento que pede a criação da CPI dos Pedágios. Nos bastidores da Assembléia, circula a informação de que a pressão vem de fora e de dentro. Há até parlamentares trabalhando para que colegas não assinem o documento.
Ensaiando a CPI
Os 26 deputados que já assinaram o requerimento que cria a CPI dos Pedágios se reúnem hoje para definir os próximos passos da comissão. A idéia é coletar mais de 30 assinaturas antes de instalar a CPI. A data de entrega do requerimento ao presidente da Assembléia, Frederico Antunes (PP), será adiada de novo. Deve ficar para a próxima segunda-feira, dia 9. O objetivo dos parlamentares é evitar que a repercussão do ato de entrega se esvazie em função do feriadão de Páscoa.
Palanque
- A Frente Parlamentar Contra os Pedágios na Assembléia manifestou ontem apoio ao projeto de lei do deputado Dionilso Marcon (PT), o qual pretende convocar a população, ainda este ano, para participar de um plebiscito sobre a prorrogação das concessões de rodovias.
A propósito
Número: A CPI dos Pedágios vai conseguir mais de 30 assinaturas?

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