sábado, 7 de abril de 2007

FREDERICO ANTUNES NÃO TEM MAIS ARGUMENTOS PARA BLOQUEAR A CPI DOS PEDÁGIOS

Fonte: Beatriz Fagundes – O Sul – 05/04/07
O deputado Frederico Antunes não tem mais argumentos para bloquear a CPI dos Pedágios. Ontem, um novo pedido foi entregue à Presidência da Assembléia Legislativa Gaúcha, com 27 assinaturas – metade da casa. Foi protocolado, portanto, e não existe um motivo sequer para impedir a instalação. Salvo, é claro, algum comprometimento pessoal do presidente da Casa. Acompanhamos o caso sem qualquer comprometimento pessoal. Não somos amigos de nenhum concessionário, não conhecemos nenhuma grande empresa ou pessoa física atingida e insatisfeita, o que nos confere a tranqüila posição de observadores e, portanto, o clamor popular nos torna favoráveis à CPI. Não por razões corporativas ou econômicas, apenas comunitárias. Defendemos a CPI para que os atingidos diretamente pelas cobranças de pedágios – moradores das cidades onde estão instalados, empresas que por elas escoam sua produção, profissionais liberais que dependem de viagens para atender seus clientes – sejam ouvidos, sendo ignorados os depoimentos dos usuários eventuais dos pedágios. Como titular deste espaço, sou plenamente favorável aos pedágios, afinal, utilizo os mesmos apenas em momentos diletantes. Os usuários eventuais, em viagens espaçadas, não devem “dar palpite”; os atingidos diretamente é que devem ser ouvidos. Para nós, as estradas pedagiadas que utilizamos eventualmente são maravilhosas. O presidente da Assembléia não será democrático se impedir a instalação da CPI. Apenas com ela acabaremos com uma “lenda” regional que vem desde o tempo do governo Antonio Britto. O presidente Frederico Antunes honrará as tradições gaúchas acolhendo a CPI e contribuindo para dirimir dúvidas sem sentido e, que sabe, sem qualquer fundamento. Afinal, por que as concessionárias e seus fiéis defensores tomem a CPI? Ela poderá ser a pá de cal num “papinho” que se tornou recorrente. Se nada têm a esconder, não existe medo de investigação, não é mesmo?

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