Fonte: Stefan Ligocki, 05/04/2007 - Jornal Pioneiro
Surpreendendo quem já estava achando que tudo não passaria de fogo de palha, ontem à tarde os deputados contrários ao modelo de concessões de rodovias do Estado protocolaram o pedido de criação da CPI dos Pedágios na Assembléia. O documento, com 27 assinaturas, foi entregue ao presidente da Casa, Frederico Antunes (PP). Previsto para ser protocolado apenas na semana que vem, o pedido acabou entrando no Parlamento gaúcho ontem porque a pressão interna e externa contra o movimento ganhou força nos últimos dias. Nos bastidores da Assembléia, comenta-se que até emissários do governo passaram a pressionar parlamentares a não assinar o requerimento. Temendo que a CPI morresse na casca de novo, como aconteceu em 2005, a Assurcon (entidade dos usuários das rodovias) e os deputados que articulavam a CPI se apressaram. Como o pedido tem que passar por trâmites jurídicos, os trabalhos só devem começar dentro de algumas semanas. A partir daí, os deputados estaduais gaúchos deverão honrar o compromisso de produzir um trabalho sério, focado nos interesses da sociedade e, o mais importante, que traga resultados práticos. Caso contrário, será apenas mais uma CPI.
A placa da cidadania
Símbolo da luta contra os pedágios privados, a rota alternativa à praça de pedágio de Farroupilha ganhou uma nova placa alusiva ao tema nesta semana. O movimento contra as concessões de rodovias que o governo Yeda Crusius (PSDB) quer prorrogar e a favor da CPI dos Pedágios está estampado em uma placa na entrada da chamada Rota da Cidadania.
Buscando respostas
Os deputados estaduais caxienses Marisa Formolo (PT) e Kalil Sehbe Neto (PDT) comemoraram o protocolo do requerimento da CPI dos Pedágios. - Tenho certeza de que o nosso trabalho vai colaborar para que a sociedade repense outras formas de qualificar as estradas - afirmou Marisa. Kalil acredita que a CPI fará uma análise técnica e não política dos contratos dos pedágios, sem tentar achar culpados: - A CPI é a melhor maneira de garantir transparência a esses contratos. Temos de saber porque 77% dos gaúchos não aprova esse modelo (segundo a Agergs).
Olho na CPI
Por mais que o governo estadual tente amenizar os efeitos do pedido de instalação da CPI dos Pedágios, a comissão será um obstáculo a mais no caminho da prorrogação dos contratos dos pedágios privados. Em breve, o Piratini deve acionar sua tropa de choque para tentar dificultar os trabalhos da comissão.
Surpreendendo quem já estava achando que tudo não passaria de fogo de palha, ontem à tarde os deputados contrários ao modelo de concessões de rodovias do Estado protocolaram o pedido de criação da CPI dos Pedágios na Assembléia. O documento, com 27 assinaturas, foi entregue ao presidente da Casa, Frederico Antunes (PP). Previsto para ser protocolado apenas na semana que vem, o pedido acabou entrando no Parlamento gaúcho ontem porque a pressão interna e externa contra o movimento ganhou força nos últimos dias. Nos bastidores da Assembléia, comenta-se que até emissários do governo passaram a pressionar parlamentares a não assinar o requerimento. Temendo que a CPI morresse na casca de novo, como aconteceu em 2005, a Assurcon (entidade dos usuários das rodovias) e os deputados que articulavam a CPI se apressaram. Como o pedido tem que passar por trâmites jurídicos, os trabalhos só devem começar dentro de algumas semanas. A partir daí, os deputados estaduais gaúchos deverão honrar o compromisso de produzir um trabalho sério, focado nos interesses da sociedade e, o mais importante, que traga resultados práticos. Caso contrário, será apenas mais uma CPI.
A placa da cidadania
Símbolo da luta contra os pedágios privados, a rota alternativa à praça de pedágio de Farroupilha ganhou uma nova placa alusiva ao tema nesta semana. O movimento contra as concessões de rodovias que o governo Yeda Crusius (PSDB) quer prorrogar e a favor da CPI dos Pedágios está estampado em uma placa na entrada da chamada Rota da Cidadania.
Buscando respostas
Os deputados estaduais caxienses Marisa Formolo (PT) e Kalil Sehbe Neto (PDT) comemoraram o protocolo do requerimento da CPI dos Pedágios. - Tenho certeza de que o nosso trabalho vai colaborar para que a sociedade repense outras formas de qualificar as estradas - afirmou Marisa. Kalil acredita que a CPI fará uma análise técnica e não política dos contratos dos pedágios, sem tentar achar culpados: - A CPI é a melhor maneira de garantir transparência a esses contratos. Temos de saber porque 77% dos gaúchos não aprova esse modelo (segundo a Agergs).
Olho na CPI
Por mais que o governo estadual tente amenizar os efeitos do pedido de instalação da CPI dos Pedágios, a comissão será um obstáculo a mais no caminho da prorrogação dos contratos dos pedágios privados. Em breve, o Piratini deve acionar sua tropa de choque para tentar dificultar os trabalhos da comissão.
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