sábado, 10 de março de 2007

DIGA-ME COM QUEM ANDAS....










FONTE: JORNAL PIONEIRO DE 10/03/07

Cobrança
Quando se encontrou com representantes da Assurcon (entidade representativa dos usuários das rodovias pedagiadas), há cerca de um mês, o secretário de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade (PSDB), afirmou que nomearia um gestor para tratar da questão, o qual "respiraria" pedágios. É exatamente essa a cobrança do secretário-geral da Assurcon, Agenor Basso, que também reforça a promessa de Andrade de promover uma audiência pública sobre o tema. Segundo Andrade afirmou à coluna, o gestor será nomeado na semana que vem e a audiência será feita "em tempo hábil".
Garantia
No pacote de ações que o governo estadual está apresentando às concessionárias como condição para a prorrogação dos contratos dos pedágios está o controle online das praças de pedágio - proposta que a deputada caxiense Marisa Formolo (PT) já protocolou na Assembléia como alternativa para garantir transparência aos lucros das empresas. Segundo o secretário Daniel Andrade, as concessionárias já concordaram. É esperar para ver.
Não passa
O deputado Alexandre Postal (PMDB) fez uma previsão sombria para o Palácio Piratini no programa Dito & Feito Debate, da Rádio São Francisco, na manhã de sexta-feira. - O governo (estadual) não consegue 10 votos na Assembléia - afirmou o peemedebista, sobre a possibilidade de prorrogação dos contratos dos pedágios. - Em tempo: o anúncio precipitado do secretário Daniel Andrade deixou a base aliada revoltada a ponto de parte do PMDB e do PDT já pensarem em retaliações ao governo Yeda Crusius (PSDB) na Assembléia.
Articulação
Na quinta-feira, mesmo dia em que confirmava a intenção do governo estadual em prorrogar os contratos dos pedágios, o secretário Daniel Andrade se encontrou com o presidente da Assembléia, Frederico Antunes (PP). Na sexta-feira, Frederico declarou ao jornal Zero Hora que a CPI dos Pedágios precisa de um "objeto determinado" para sair. No mínimo, estranho.
Rejeição
Se insistir com a prorrogação dos contratos dos pedágios, o governo Yeda Crusius (PSDB) poderá até qualificar a malha rodoviária gaúcha, mas vai comprar uma briga inglória com a população. Enquete promovida recentemente pelo Mirante apontou que 92% dos usuários de rodovias é contrário à prorrogação. Em um fórum promovido pelo site do Pioneiro desde sexta-feira (leia mais na página 12), a rejeição à proposta também é unânime.
Plebiscito
Crítico contumaz do modelo de pedágios privados adotado pelo Estado, o deputado federal Ruy Pauletti (PSDB) também está preocupado com a possibilidade de prorrogação dos atuais contratos. - Continuo com a mesma posição. Esse modelo não serve - sustenta o parlamentar tucano. Pauletti reforça que o mais importante é que a população seja ouvida sobre a questão. - Talvez fosse o caso de se fazer um plebiscito - sugere.
A propósito
Qual será a conseqüência da prorrogação dos contratos dos pedágios numa eventual campanha à reeleição de Yeda Crusius?

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