sexta-feira, 22 de junho de 2007

SÃO AS CONCLUSÕES DE SEMPRE - UM RELATÓRIO PÍFIO...

Stefan Ligocki - 22/06/2007
Relatório contestado
A expectativa de que o relatório final da Comissão de Representação Externa das Estradas Gaúchas, coordenada pelo deputado governista Rossano Gonçalves (PDT), poderia desagradar a oposição e até mesmo integrantes da Associação dos Usuários das Rodovias Concedidas do Estado (Assurcon) se confirmou ontem. Depois de analisar o trabalho, o secretário-geral da Assurcon, Agenor Basso, afirmou ao Mirante que Rossano não aproveitou nada do que foi repassado pela entidade à comissão. - Ficamos três horas com o deputado e ele acabou apresentando esse relatório que é focado apenas em resolver o tal desequilíbrio econômico-financeiro das concessionárias. São as conclusões de sempre. Os usuários das rodovias foram excluídos do trabalho - lamentou Basso. Nos corredores da Assembléia, o trabalho de Rossano foi tratado por integrantes da CPI dos Pedágios como chapa-branca, especialmente por defender a prorrogação dos pedágios e por deixar a Assurcon de fora de um grupo de trabalho que deve ser criado a partir das conclusões da comissão. O documento também foi detonado pelo PT por conta das insinuações de que o ex-governador Olívio Dutra (PT) foi o principal responsável pelas altas tarifas cobradas hoje. Ontem, a coluna tentou falar com Rossano para que ele detalhasse as conclusões de seu trabalho, mas não obteve retorno.
CPI no Paraná
Os deputados titulares da CPI dos Pedágios Gilmar Sossella (PDT), Dionilso Marcon (PT) e Paulo Azeredo (PDT), além do suplente Alvaro Boessio (PMDB), vão ao Paraná na próxima segunda-feira. Eles irão se encontrar com o governador daquele estado, Roberto Requião (PMDB), que ficou conhecido pela luta contra os pedágios privados paranaenses. De acordo com Boessio, os parlamentares pretendem convidar Requião para comparecer a uma sessão da CPI e relatar os métodos usados pelo Paraná para recuperar e manter estradas sem pedágios privados. A viagem, segundo Sossella, será financiada pelos próprios deputados.

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