Stefan Ligocki - 23/06/2007
O que pensa o relator da CPI
Integrante da base aliada ao governo Yeda Crusius (PSDB), o relator da CPI dos Pedágios da Assembléia, Berfran Rosado (PPS), não aceita a acusação de que fará um trabalho chapa-branca. Na sexta-feira, o parlamentar passou por Caxias do Sul e concedeu entrevista exclusiva ao Mirante. Berfran afirma que não pode ter seu trabalho contestado apenas por ter recebido R$ 5 mil da STE Engenharia, empresa que faz parte da concessionária Brita Rodovias. - Essa doação, que representa menos de 1% do que recebi na campanha, não vai me impedir de fazer o meu trabalho. E eu não fui o único a receber dessa empresa. O (ex-governador) Olívio Dutra também recebeu - sustenta Berfran. Para o parlamentar, a polêmica envolvendo o modelo de concessões rodoviárias do Estado é uma questão de percepção. - O nosso modelo de cobrança de pedágio é absolutamente injusto. O preço é caro para quem anda 15 quilômetros e tem que pagar R$ 5,30. Mas e quem anda 200 quilômetros e não paga nada? Quando alguém não paga, alguém paga por ele, pode ter certeza - pondera o deputadoBerfran acrescenta que para quem anda 200 quilômetros em estradas de boas condições, talvez não ache as tarifas gaúchas tão caras. Para o relator da CPI, o mais importante é identificar eventuais discrepâncias em cada praça de pedágio e, se preciso for, corrigi-las. - Mas temos de fazer isso com método. O discurso político não vai nos levar a lugar algum - afirma Berfran, num claro recado à oposição. O deputado garante que buscará a redução das tarifas a partir da análise de lucros e gastos das concessionárias, da avaliação dos contratos e da atuação de Daer e Agergs como agentes fiscalizadores do modelo de pedágios gaúcho. Para os habitantes de uma região cercada de pedágios como a Serra gaúcha, as palavras de Berfran podem tranqüilizar, por enquanto, quem acredita que o relator possa fazer o trabalho chapa-branca que a oposição sugere. A conferir.
***
Em tempo: integrante do secretariado na gestão de Antônio Britto (1995-1998), Berfran garantiu à coluna que o ex-governador não fará qualquer interferência em seu trabalho:- O Britto não me pediu para aliviar com ele.
Agergs aparece
A décima audiência pública sobre o modelo de concessões rodoviárias do Estado, promovida pela Comissão de Serviços Públicos da Assembléia na noite de quinta-feira em Charqueadas, foi diferente. Pela primeira vez, apareceram representantes da Agergs, a agência estadual que fiscaliza os pedágios privados gaúchos. - As concessões não estão atingindo o resultado que é esperado. Nem poderiam - afirmou o conselheiro da Agergs Ricardo Pereira da Silva, ressaltando, porém, que não é contra nem a favor dos pedágios. Como de costume, houve muitas reclamações de lideranças locais sobre os pedágios.
Trabalho falho
A deputada Marisa Formolo (PT) está revoltada com o trabalho do colega de Assembléia Rossano Gonçalves (PDT), coordenador da Comissão de Representação Externa das Estradas Gaúchas. Para a petista, o relatório entregue na última quarta-feira é incompleto. - O Rossano não fez qualquer observação sobre os contratos de concessão e o processo licitatório que deu origem ao modelo de concessões, que é exatamente onde estão os maiores problemas - sustenta.
Semelhantes
Aliás, chama a atenção a semelhança do relatório final de Rossano Gonçalves com a conclusão da Comissão Especial de Rodovias Concedidas da Assembléia - trabalho coordenado em 2005 pelo deputado Márcio Biolchi (PMDB). Assim como Rossano, Biolchi sugeria como alternativa para resolver o impasse dos pedágios a prorrogação das concessões. Biolchi, porém, sugeria que o modelo fosse estendido até 2038. Rossano não estipulou prazo.
Palanque
- A deputada estadual Marisa Formolo (PT) é a entrevistada deste sábado no Papo de Gabinete, da Rádio São Francisco Sat (560 AM). O programa começa às 8h. - A oposição pretende reapresentar o pedido de convite ao ex-ministro dos Transportes Cloraldino Severo na reunião desta segunda-feira da CPI dos Pedágios. Na semana passada, não houve quórum para a votação do pedido por conta de uma suposta manobra da situação.
O que pensa o relator da CPI
Integrante da base aliada ao governo Yeda Crusius (PSDB), o relator da CPI dos Pedágios da Assembléia, Berfran Rosado (PPS), não aceita a acusação de que fará um trabalho chapa-branca. Na sexta-feira, o parlamentar passou por Caxias do Sul e concedeu entrevista exclusiva ao Mirante. Berfran afirma que não pode ter seu trabalho contestado apenas por ter recebido R$ 5 mil da STE Engenharia, empresa que faz parte da concessionária Brita Rodovias. - Essa doação, que representa menos de 1% do que recebi na campanha, não vai me impedir de fazer o meu trabalho. E eu não fui o único a receber dessa empresa. O (ex-governador) Olívio Dutra também recebeu - sustenta Berfran. Para o parlamentar, a polêmica envolvendo o modelo de concessões rodoviárias do Estado é uma questão de percepção. - O nosso modelo de cobrança de pedágio é absolutamente injusto. O preço é caro para quem anda 15 quilômetros e tem que pagar R$ 5,30. Mas e quem anda 200 quilômetros e não paga nada? Quando alguém não paga, alguém paga por ele, pode ter certeza - pondera o deputadoBerfran acrescenta que para quem anda 200 quilômetros em estradas de boas condições, talvez não ache as tarifas gaúchas tão caras. Para o relator da CPI, o mais importante é identificar eventuais discrepâncias em cada praça de pedágio e, se preciso for, corrigi-las. - Mas temos de fazer isso com método. O discurso político não vai nos levar a lugar algum - afirma Berfran, num claro recado à oposição. O deputado garante que buscará a redução das tarifas a partir da análise de lucros e gastos das concessionárias, da avaliação dos contratos e da atuação de Daer e Agergs como agentes fiscalizadores do modelo de pedágios gaúcho. Para os habitantes de uma região cercada de pedágios como a Serra gaúcha, as palavras de Berfran podem tranqüilizar, por enquanto, quem acredita que o relator possa fazer o trabalho chapa-branca que a oposição sugere. A conferir.
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Em tempo: integrante do secretariado na gestão de Antônio Britto (1995-1998), Berfran garantiu à coluna que o ex-governador não fará qualquer interferência em seu trabalho:- O Britto não me pediu para aliviar com ele.
Agergs aparece
A décima audiência pública sobre o modelo de concessões rodoviárias do Estado, promovida pela Comissão de Serviços Públicos da Assembléia na noite de quinta-feira em Charqueadas, foi diferente. Pela primeira vez, apareceram representantes da Agergs, a agência estadual que fiscaliza os pedágios privados gaúchos. - As concessões não estão atingindo o resultado que é esperado. Nem poderiam - afirmou o conselheiro da Agergs Ricardo Pereira da Silva, ressaltando, porém, que não é contra nem a favor dos pedágios. Como de costume, houve muitas reclamações de lideranças locais sobre os pedágios.
Trabalho falho
A deputada Marisa Formolo (PT) está revoltada com o trabalho do colega de Assembléia Rossano Gonçalves (PDT), coordenador da Comissão de Representação Externa das Estradas Gaúchas. Para a petista, o relatório entregue na última quarta-feira é incompleto. - O Rossano não fez qualquer observação sobre os contratos de concessão e o processo licitatório que deu origem ao modelo de concessões, que é exatamente onde estão os maiores problemas - sustenta.
Semelhantes
Aliás, chama a atenção a semelhança do relatório final de Rossano Gonçalves com a conclusão da Comissão Especial de Rodovias Concedidas da Assembléia - trabalho coordenado em 2005 pelo deputado Márcio Biolchi (PMDB). Assim como Rossano, Biolchi sugeria como alternativa para resolver o impasse dos pedágios a prorrogação das concessões. Biolchi, porém, sugeria que o modelo fosse estendido até 2038. Rossano não estipulou prazo.
Palanque
- A deputada estadual Marisa Formolo (PT) é a entrevistada deste sábado no Papo de Gabinete, da Rádio São Francisco Sat (560 AM). O programa começa às 8h. - A oposição pretende reapresentar o pedido de convite ao ex-ministro dos Transportes Cloraldino Severo na reunião desta segunda-feira da CPI dos Pedágios. Na semana passada, não houve quórum para a votação do pedido por conta de uma suposta manobra da situação.
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Ao afirmar na sexta-feira que o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), deverá relatar na CPI dos Pedágios gaúcha os métodos usados por sua gestão para "recuperar e manter estradas sem pedágios privados", a coluna não quis dizer que não há praças desse tipo naquele Estado. O Mirante se referia aos investimentos do governo paranaense nas rodovias que não são concedidas à iniciativa privada.
A propósito
Relatório - Integrante da base aliada ao governo Yeda e ex-colaborador do governo Britto, Berfran Rosado conseguirá fazer um relatório isento?
* Colaborou Kelly Isis Pelisser
A propósito
Relatório - Integrante da base aliada ao governo Yeda e ex-colaborador do governo Britto, Berfran Rosado conseguirá fazer um relatório isento?
* Colaborou Kelly Isis Pelisser
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