sábado, 2 de junho de 2007

REUNIÃO DE COMPRADES (II)

Fonte do Texto: Jornal Pioneiro, Ilustração Charge: Jornal Pioneiro
Fotos: Guerreiro, Agência de Fotos da AL
A AGCR vai à Assembléia
Em clima de descontração, o deputado Rossano Gonçalves (PDT), coordenador da Comissão Externa das Estradas, recebeu representantes da Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias (AGCR) na sexta-feira, na Assembléia Legislativa. Depois de apresentarem um histórico das concessões e alegarem que a tarifa dos pedágios têm caído na última década (!), os membros da AGCR voltaram a dizer que estão sofrendo prejuízos com o negócio que rendeu mais de R$ 260 milhões em 2006. - Quando se faz um negócio, é normal começar com prejuízo, prevendo-se um retorno mais adiante. Como o governo descumpriu os contratos, o retorno não ocorreu. Está longe disso - afirmou o presidente da AGCR, Marcos Picarelli (foto). Picarelli sugeriu que a prorrogação das concessões é a melhor saída para o reequilíbrio dos contratos, pois a redução dos encargos das empresas vai prejudicar a qualidade dos serviços e as tarifas estariam no limite. Ele também não acredita que o Estado, atolado em uma grave crise financeira, possa indenizar as empresas. Rossano disse que, com as respostas da AGCR, não será preciso nem aguardar o fim da CPI dos Pedágios. Será?
Promessa de trabalho sério
A CPI dos Pedágios vai achar uma saída para resolver a polêmica envolvendo o pólo de pedágio de Caxias do Sul. É o que garantiu o relator da comissão, Berfran Rosado, em entrevista ao programa Acontece, da Rádio São Francisco, na manhã de sexta-feira. Integrante da base aliada ao governo Yeda Crusius (PSDB) e contrário à criação da CPI, Berfran disse que não pediu para ser relator, mas que vai cumprir o trabalho de forma técnica e séria. - Não importa se está tudo direitinho nos contratos, vamos propor mudanças no modelo. O que a CPI não pode é, no final, propor a rescisão dos contratos. Aí alguém vai ter de pagar - argumentou o deputado. Ex-secretário do governo Antônio Britto (1995-1998), Berfran não perdeu a chance de lembrar que o governo petista de Olívio Dutra (1999-2002) ampliou o problema ao aumentar em 36% o valor das tarifas de pedágio.
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Em tempo: Berfran, que recebeu R$ 5 mil de uma concessionária para sua campanha de 2006, deveria se declarar impedido até de integrar a CPI...

Na sexta-feira, líderes políticos da região protestaram na RS-126, estrada que liga Lagoa Vermelha a Sananduva. A rodovia, do Daer, está em más condições porque motoristas e caminhoneiros estão a usando como desvio dos dois pedágios de Vacaria.
Indicação múltipla
O ex-presidente e ex-conselheiro da Agergs Guilherme Socias Villela envia e-mail à coluna para tirar qualquer desconfiança do deputado Francisco Appio (PP) em relação à sua nova indicação ao Conselho Superior da entidade. Appio sugeriu que Villela, que ocupou a vaga das concessionárias no conselho, foi indicado de novo apenas por empresas que administram praças de pedágio. Villela garante que sua indicação se deu, por unanimidade, com votos de empresas de transporte de passageiros, de estações rodoviárias, de travessias fluviais, de irrigação e também de concessionárias de rodovias. - Acredito que o deputado Appio saiba muito bem disso, apenas quer me transformar em bode expiatório de uma situação política - rebate Villela. (*)

Enquete feita pelo Mirante indica que a população está desconfiada em relação ao trabalho do relator da CPI dos Pedágios, Berfran Rosado (PPS). De acordo com o levantamento com 43 internautas, 88,37% (38 votos) acham que a atuação de Berfran não será isenta, enquanto apenas 11,63% (5 votos) acham que será.

(*)FNURP PERGUNTA: Senhor Vilela, os usuários, os que realmente pagam a conta, foram consultados? Os usuários também indicaram o seu nome? O Senhor acredita que a AGERGS representa os usuários?

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