quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Nos bastidores, comenta-se que o governo Yeda Crusius (PSDB) torce para que o Judiciário dê ganho de causa à Convias

Stefan Ligocki - 08/11/2007
Desvio do pedágio ameaçado
Um julgamento marcado para hoje no Tribunal de Justiça (TJ) do Estado pode ampliar a polêmica em torno do fim dos desvios de pedágios da região. A partir das 14h, o TJ julgará a ação ganha em primeira instância pela prefeitura de Farroupilha, na qual a Justiça do município proibiu a concessionária Convias de bloquear a rota alternativa ao pedágio da RS-122. A vitória judicial da prefeitura de Farroupilha ocorreu em 2003, após violentos protestos da população contra o bloqueio do acesso ao desvio, e segue valendo. Se o TJ decidir na tarde de hoje que a ação não procede, a Convias terá o direito de bloquear o desvio novamente. Dirigentes da Assurcon e políticos da região devem ir a Porto Alegre acompanhar o julgamento. Temem que a Convias possa alegar que a negociação em curso entre o Piratini e a concessionária acabe influenciando a decisão do TJ, já que o acordo incluiria a inviabilização dos desvios em troca de obras viárias e desconto de 50% nas tarifas de pedágios. Nos bastidores, comenta-se que o governo Yeda Crusius (PSDB) torce para que o Judiciário dê ganho de causa à Convias. Afinal, se a concessionária conquistar o direito de fechar desvios na Justiça, o Piratini vai alegar que só estará cumprindo decisão judicial ao inviabilizar as rotas alternativas. Faz sentido.

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