Florianópolis, 13.11.07 - O Fórum Estadual de Rodovias definiu ontem à tarde, reunido na sede da Fetrancesc, em Florianópolis, uma série de itens para ser implantados na temporada de verão e outros que devem ser tratados já a partir de agora para que tenham efetiva solução, que já são deficiências de longa data e que se agravam a cada ano. O presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, aproveitou para lamentar a falta de um trabalho conjunto entre todos os segmentos sociais catarinenses para definir prioridades e encontrar soluções. Porque não há qualquer planejamento de solução. E algumas regiões do Estado, como Florianópolis, poderão sofrer um colapso devido aos problemas de infra-estrutura durante o verão, alertaram os especialistas presentes. Um documento foi elaborado e será entregue aos representantes do governo em todos as esferas. Uma das medidas já anunciadas na semana passada é a orientação aos motoristas de veículos de carga para que evitem trafegar nas sextas-feiras, das 16 às 21 horas e no domingo, das 16 às 22 horas, em toda a BR-101; na BR-470, entre São Cristóvão do Sul e a BR-101; na BR-280, entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul. Nesse item, por sugestão do superintendente da PRF, Luiz Ademar Paes e do comandante da PMRv, Paulo Moukarzel, em relação ao que ficou decidido na última reunião, fica de fora a BR- 282, de Lages até Florianópolis e além disso, devem evitar os trechos somente os veículos com peso bruto total de 19 toneladas. Essa regra será adotada para permitir o fluxo dos veículos de turistas, pois essas estradas não oferecem estrutura para atender ao grande número de veículos. E assim contribuir para amenizar os engarrafamentos e acidentes. O trecho da BR-282, a Via Expressa, também é motivo de preocupação, pois devem chegar a 130 mil veículos/dia neste trecho no verão. Paes disse que é necessário se buscar alternativas para amenizar esse fluxo. Algumas empresas de transporte, para evitar as mais de duas horas de congestionamento estão montando bases dentro da Ilha. Outras estão fazendo o planejamento para evitar esses horários mais conturbados. Mas, Paes sugere como opção liberar a sinaleira ao lado do Rita Maria em direção à Beira Mar Norte. Outra é a criação de um corredor para os ônibus. Os integrantes do Fórum irão a Brasília, no dia 27 de novembro, para entregar um documento aos deputados e senadores catarinenses e às autoridades federais que relata a precariedade da estrutura da Polícia Rodoviária Federal e que não tem recebido investimentos nos últimos anos. Lopes destaca que a sociedade catarinense não pode aceitar a divisão de verbas do Programa Nacional de Segurança de R$ 12 milhões entre o Paraná e o Rio Grande do Sul. Mas isso temos que cobrar de nossos representantes, lembra ele. Santa Catarina é o segundo estado em acidentes com apenas 3% do território nacional. A PRF tem hoje 60 viaturas em uso para todo o Estado. Seriam necessárias R$ 150 mil para recuperar a frota total e mais 50 viaturas novas. Além de mais policiais nas estradas. Na PMRv existem 188 viaturas, um número muito superior e com um tráfego menos intenso. Os presentes voltaram a destacar que a falta de investimentos em todas as áreas de infra-estrutura no Estado vai sim comprometer o funcionamento especialmente nesta temporada que deverá ser mais curta, os problemas aéreos e mais veículos nas estradas como ocorre naturalmente a cada ano. O uso dos postos da receita Estadual de Apiúna e de Palhoça pela PRF para fiscalização de veículos em geral e pesagem de veículos de carga ainda depende de parecer do Governo Estadual, que deve sair nos próximos dias. Pedro Lopes voltou a pedir que a PRF e PMRv façam a fiscalização do excessos de peso pela nota fiscal já que não há balanças. Paes disse que depois da solicitação feita pela Fetrancesc na semana passada, somente um dia de fiscalização no Oeste do Estado foram feitas 29 notificações de peso acima do limite. Sobre a cobrança de multas aos estrangeiros, há uma decisão da Justiça Federal que exige o mesmo tratado dado aos brasileiros. E, além disso, Santa Catarina não tem estrutura para cobrança na fronteira. É necessário estudar o caso para verificar quais soluções para ser adotadas. Integram o Fórum, o DNIT, a PRF, a PMRv, a Secretaria Estadual de Infra-estrutura, o Sindicato dos Engenheiros de SC (Senge), a Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, o Deinfra, a Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc) e Crea.
Fonte: Juraci Perboni/Imprensa Fetrancesc.
Nenhum comentário:
Postar um comentário