sexta-feira, 31 de agosto de 2007

YEDA REAFIRMA INTENÇÃO DE MUDAR PRAÇA DE PEDÁGIO DE VILA CRISTINA



Foto por Jefferson Bernardes
Governadora deve vir a Caxias nos próximos dias para confirmar o anúncio da mudança da Praça de Vila Cristina e o fechamento da rota alternativa.
Embora tenha afirmado, em recente visita à Câmara de Indústria Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), que viria à cidade para discutir e ouvir a população a respeito da mudança de local da praça de pedágio de Vila Cristina, a governadora Yeda Crusius, em entrevista dada a Rádio Caxias, para a repórter Nathalia Fruet, nesta segunda-feira, reafirmou a decisão de mudar a praça de pedágio de Vila Cristina.
Há cerca de 50 dias a governadora anunciou que havia um plano para mudar os locais das praças de Vila Cristina e Farroupilha, cujo objetivo era eliminar os dois trechos alternativos em troca de investimentos e obras nestes dois trechos. A revolta foi geral com o anúncio. Diante disso a governadora recuou, veio a Caxias participando de uma reunião na CIC, dizendo que o tema seria debatido com a comunidade em nova visita.
Desvio
O anúncio oficial sobre o pacote dos pedágios ainda não ocorreu, mas a governadora Yeda Crusius reafirmou à Rádio Caxias que a praça de pedágio de Vila Cristina mudará de local. Assim, a população não poderá mais usar o desvio.
Confirmação
A confirmação da governadora foi feita na sexta-feira da semana passada, após solenidade de lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em Porto Alegre.
Anúncio oficial
Segundo Yeda, ela deverá vir a Caxias do Sul fazer o anúncio oficial das medidas, que incluem a mudança de local da Praça de Vila Cristina, na BR 116, além de alterações na pista da RS 122, para impossibilitar o uso do desvio que passa por Forqueta.
De menos
Quando questionada pela repórter Nathalia Fruet, sobre o fechamento da rota alternativa, a governadora disse “que isso é o de menos”. Para ela, “o que importa são as obras que serão feitas com o dinheiro,” que de acordo com Yeda, “não sairá do bolso do contribuinte”. Repercussão
A governadora já havia se manifestado sobre o assunto na CIC, no mês de julho. Entretanto, ela adiou o anúncio oficial das medidas após a repercussão negativa na região, além de se comprometer em rever os pontos mais polêmicos do pacote dos pedágios.
Marisa Formolo cobra intervenção de Sartori
A declaração da governadora Yeda Crusius à Rádio Caxias repercutiu negativamente mais uma vez. A deputada estadual Marisa Formolo, do PT, diz que foi surpreendida com a notícia. Para ela, a governadora não tem palavra, já que tinha prometido vir à cidade para ouvir a população sobre a possível mudança de local da praça de cobrança.
DAER
Marisa lembra que o chefe do Departamento de Concessões do DAER, Sérgio Simões, em depoimento na última semana à CPI dos Pedágios, já havia defendido a alteração, alegando que o desvio utilizado pelos motoristas não era seguro, pois foram registrados alguns acidentes.
Intervenção
Ela defende que o prefeito José Ivo Sartori intervenha no caso, a fim de defender os direitos dos caxienses. Para Marisa, “Sartori terá que ficar ao lado da comunidade caxiense neste episódio e não permitir esta mudança que só trará prejuízos à Vila Cristina, a Caxias e à região”.
Subprefeito promete pressionar governo
O subprefeito de Vila Cristina, Sadi Pirovano, também foi surpreendido com o anúncio do governo de alteração da praça de pedágio da localidade. Ele pretende se reunir com lideranças para tentar pressionar o Estado a rever o assunto.
70%
Sadi salienta que a mudança do pólo vai prejudicar a comunidade de Vila Cristina e os moradores de Caxias do Sul, Vale Real e Nova Petrópolis. Ele teme que a medida faça a atividade econômica da localidade cair em 70%.
Críticas
O Secretário da ASSURCON-RS, Agenor Basso, afirmou que “a governadora, querendo resolver um problema ou alguns problemas na região vai criar outros piores. Para os usuários de rodovias que não terão como fazer o seu equilíbrio econômico financeiro e para os prefeitos politicamente dará o mote que a oposição está aguardando, portanto criará problemas para os governantes atuais e para os usuários sabe lá por quanto tempo. E para a concessionária terá atendido o desejo que manifestou desde o início da cobrança de pedágio em 1998”.

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