sábado, 22 de dezembro de 2007

PELA PRIMEIRA VEZ USUÁRIOS PUDERAM SE MANIFESTAR, MESMO ASSIM, CONSELHEIROS APROVARAM O REAJUSTE DE 4,15%


Stefan Ligocki - 22/12/2007

Banho-maria
Durante a entrega da Rota do Sol ao tráfego de veículos, na quinta-feira, o secretário estadual de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade, deu a entender que a negociação entre o governo estadual e a concessionária Convias relativa ao pólo de Caxias não sairá mesmo tão cedo:- Ainda estamos aguardando o estudo da FGV sobre o desequilíbrio econômico-financeiro das concessionárias. Só depois disso vamos avançar nessa negocação. Nos bastidores do Piratini, comenta-se que antes de março não sairá qualquer acordo.
Prepare o bolso
Como já era esperado, o Conselho Superior da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), aprovou na sexta-feira o pedido de reajuste de 4,15% nas tarifas de pedágio do Estado.Integrantes da Associação dos Usuários das Rodovias Concedidas do Estado (Assurcon) foram a Porto Alegre acompanhar a reunião da Agergs e saíram revoltados, óbvio.- O (Guilherme) Villela (relator do pedido) alegou, como sempre, o desequilíbrio econômico-financeiro das concessionárias para justificar o reajuste - protestou o secretário-geral da Assurcon, Agenor Basso. Apesar do resultado previsível, o presidente da Assurcon, Juarez Colombo, considerou "histórica" a reunião da Agergs.- Pela primeira vez, os usuários puderam se manifestar - contou Juarez, referindo-se à explanação de 15 minutos feita pelo ex-ministro Cloraldino Severo na reunião. Severo fez um alerta interessante, ao constatar algo que parece não fazer sentido algum: o reajuste autorizado com base no desequilíbrio vale para todos os pólos, até mesmo os que não têm desvios de pedágio. Mesmo assim, a Assurcon não levou.
Em tempo: apesar de os cinco conselheiros presentes à reunião terem votado a favor do reajuste, Pedro Bisch Neto disse que, em 2008, a alteração tarifária não pode ser feita sem que o Estado tenha um novo estudo de desequilíbrio econômico-financeiro.

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