Deputado Miki Breier - PSB
Causou-nos estranheza o possível reajuste das tarifas dos pedágios em nosso Estado. Acabamos de sair de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que debateu com profundidade a questão dos pólos de pedágios no Rio Grande do Sul. Diferentemente do que esperavam alguns, o relatório apresentado pelo deputado Berfran Rosado teve um notável conteúdo técnico, o que o torna uma peça de consulta obrigatória para quem quiser debater seriamente este assunto. As divergências que temos em relação ao termo aditivo número um não desmerecem os avanços contidos no relatório. Ficou evidente a impossibilidade de que o programa de concessões pudesse ser, como foi cogitado, simplesmente prorrogado como forma de reequilibrar os contratos. O fato marcante que demonstra que as duas partes (governo e concessionárias) deixaram de cumprir com parte de suas obrigações, somada a dificuldade de um "acerto de contas", até porque os dados acerca do volume de tráfego, custos operacionais e outros são fornecidos pelas concessionárias, afasta esta hipótese. O que também ficou explicitado no trabalho da CPI, presidida pelo nobre deputado Gilmar Sossela, foi a constatação de que as tarifas estão muito elevadas. Grande parte da opinião pública e a esmagadora maioria dos usuários concordam que os custos com os quais arcamos estão muito acima da expectativa quanto à qualidade dos serviços. Com todo o respeito que temos com a Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias (AGCR), entendemos que levantar a possibilidade de reajuste de tarifas neste momento é desrespeitar não só a Assembléia Legislativa, mas a toda a sociedade gaúcha. Esperamos que o Governo do Estado considere que já pagamos demais para circular nas estradas gaúchas e qualquer reajuste é, portanto, inaceitável. Isto é fato, isto é verdade.
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