A comitiva de deputados e entidades que pediu ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual providências contra a prorrogação dos contratos de concessão de pedágio e análise sobre a legalidade do Duplica-RS saiu otimista da reunião mantida ontem pela manhã. O procurador-chefe da Procuradoria da República no RS, Humberto Jacques de Medeiros, adiantou que o MPF tem posição crítica aos preços exorbitantes praticados nas praças de pedágios do País e que agirá contra as irregularidades no RS. Já o procurador-geral do Estado, Mauro Renner, disse que o MPE também se preocupa com o cenário e que manifestará posição após análise dos documentos recebidos. Deputados e entidades recorreram ao MPF porque dos sete pólos de pedágio no Estado, seis são em rodovias federais.O grupo foi integrado pelos deputados Marisa Formolo (PT) e Álvaro Boesio (PMDB), por representantes dos deputados Francisco Appio (PP) e Gilmar Sossella (PDT); pelo Fórum dos Coredes, José Antônio Adamoli; pela Câmara de Vereadores de Pelotas, o vereador Ivan Duarte (PT); pela Frente Gaúcha de Vereadores Contra a Prorrogação dos Pedágios, Adair Moschen; pela Assurcon-Serra, Cloraldino Severo e pelo Sindicado das Empresas de Transporte de Carga e Logística no RS, Sérgio Neto.Marisa Formolo quis saber do MPE sobre o andamento das investigações relativas à conclusão dos trabalhos da CPI dos Pedágios, da qual foi integrante, e também sobre o voto em separado de deputados do PT, do PDT e do PP, que apontou irregularidades e desrespeito aos usuários. Mas saiu sem resposta. Mauro Renner ficou de agendar novo encontro para detalhar as análises.A comitiva condena a prorrogação dos contratos por mais dez ou 15 anos, que consta no projeto Duplica-RS do governo Yeda Crusius. “Este modelo se revela um assalto ao bolso dos usuários e afeta a economia gaúcha”, frisou Marisa Formolo. Todos alertaram para a ilegalidade na prorrogação dos atuais contratos de pedagiamento. Outra preocupação dos deputados e das entidades diz respeito ao pólo de Pelotas, que teve sua gestão transferida do Estado para a União em mudança contratual considerada duvidosa.
Lucratividade - Os deputados também ressaltam que as concessões de rodovias lucram mais do que bancos no Brasil. Estudos da consultoria Austin Ratings, publicado no jornal Gazeta Mercantil, indica que os bancos ocupam a 14ª posição no ranking dos setores mais rentáveis da economia. No topo do ranking está o setor de administração de concessões de rodovias. “Confiamos na sensibilidade do MPF e do MPE para barrar a prorrogação dos contratos de concessão de pedágios e para evitar que a população gaúcha seja lesada com o Duplica-RS”, arrematou a deputada.
Texto: Antonio Grzybovski/Ag. AL - Fotos: Idair Moschen
Lucratividade - Os deputados também ressaltam que as concessões de rodovias lucram mais do que bancos no Brasil. Estudos da consultoria Austin Ratings, publicado no jornal Gazeta Mercantil, indica que os bancos ocupam a 14ª posição no ranking dos setores mais rentáveis da economia. No topo do ranking está o setor de administração de concessões de rodovias. “Confiamos na sensibilidade do MPF e do MPE para barrar a prorrogação dos contratos de concessão de pedágios e para evitar que a população gaúcha seja lesada com o Duplica-RS”, arrematou a deputada.
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